Tema: O Tempo conceito, temporalidade, memória, pesquisa, Saúde Coletiva
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Abaixo o roteiro com os links ativos!
Tema: O Tempo conceito, temporalidade, memória, pesquisa, Saúde Coletiva
1 – Olga de Sá. “Que é, pois, o tempo?” (Santo Agostinho). Kalíope, São Paulo, ano 7, n. 14, p. 100-107 jul./dez., 2011. para baixar o texto clique aqui;
2 – Zairo Carlos da Silva Pinheiro. Bergson e algumas contribuições sobre o tempo- Centro de Estudos do Imaginário – UNIR (1). Disponível em: https://www.cei.unir.br/artigo12.html
3 – POHLMANN, Angela Raffin. Intuições sobre o tempo na criação em artes visuais. Educação (UFSM), v. 31, n. 2, 2006. Disponível em: https://coralx.ufsm.br/revce/revce/2006/02/a6.htm
Abraços,
Gustavo
3 Comentários
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Por Elida Rodrigues
https://vimeo.com/21885204
Claudio Ulpiano – em busca do tempo puro
O tempo é subordinado ao movimento. A diferença do século xx é que o tempo se liberta do movimento e esse tempo não tem nenhuma regra.
Proust – é um dos maiores pensadores do tempo, ele faz uma modificação na teoria das faculdades. Temos forças que definem o sujeito humano, as suas faculdades: imaginação, memória, inteligência, linguagem.
3 destacáveis:
Memória – nos dá o direito de retornar as nossas experiências vividas.
Inteligência – capacidade lógica, razão, organiza a nossa sensibilidade, muito valorizada no contemporâneo. Tem uma semelhança com a percepção.
Percepção – Pela percepção você apreende o mundo da sensibilidade. A inteligência dá ao mundo os significados.
Proust diz de uma memória de algo que nunca vivemos. Nunca foi experienciado. Entrar em contato com o tempo puro. Experiências que vivemos chama-se percepção, há múltiplos presentes. Memória ontológica.
O pensamento é distinto da inteligência. A inteligência dá conta do que está estabelecido. Pensamento entra em contato com o próprio nascimento do tempo. Quando dormimos o passado, presente e futuro se misturam.
A Eternidade não mais uma existência que se prolonga no infinito. Eternidade é a mistura do presente do passado e do futuro. O pensamento se torna criador, o século XX tirou a subordinação do tempo ao movimento. O tempo fica liberto, fazer filosofia e arte é entrar em contato com o tempo em seu nascimento, o tempo puro.
O Cinema, música e pintura são exemplos do tempo liberto.
No cinema
John Nicholas Cassavetes– tem uma obra vasta voltada para o tempo, sobretudo através da música. O filme chamado As Glórias mostra a relação do ótico e do sonoro, uma relação entre a trilha e a imagem. Aqui, os enredos lineares não regulam suas personagens. Ele se utiliza dos gestos, das posturas que as personagens inventam que criam um determinado movimento. Ele quebra uma tradição do cinema, há ausência de histórias, enredos e narrativas. Quem criou o conceito de Gestos que liberta o tempo do movimento foi Brecht. Não vemos nesse filme um processo de associação de imagem em função de uma história que é narrada por essas imagens, no campo da representação.
A música e a imagem têm uma independência, é uma alternância, mostra a variação da luz e não apenas uma cor ou outra. O cinema altera a nossa sensibilidade, a arte veio quebrar os hábitos, veio nos diferenciar.
Toda arte tem 2 objetivos: tocar nos afectos e perceptos.
Duchamp – na obra roda de bicicleta – o objetivo é retirar o objeto do contexto e sem que ele esvazie, ele mantem suas potências. Produz afectos e perceptos. “Duchamp sugeriu que qualquer objeto cotidiano retirado de seu ambiente de atuação, ou seja, que fosse descontextualizado, adquiriria um valor expressivo pelo simples fato de sofrer uma transformação de sentido ao deixar de ser utilizado. Seu primeiro ready made, chamado “Roda de Bicicleta”, consistia em uma roda de bicicleta posto em cima de um pequeno banco de quatro pernas. Para Duchamp, ao se deparar com este objeto dentro de uma instituição aonde, de praxe, se vê arte, o público enxergaria não uma simples roda e sim uma circunferência de metal polido, presa sobre algum tipo de pinça de metal, que serve quase como um ponto gravitacional, aonde outras tantas linhas de metal se encontram, O objeto deixa de ser roda, por que para ser roda ela deve servir, e passa a ser um objeto que carrega em si um conjunto de teorias e sentidos estéticos novos. Como crítica ao sistema de artes, Duchamp evidencia com isso o despropósito estético que existia na época e o fato de que, para ser arte, o objeto que se propusesse precisava apenas de um poder institucional que o legitimasse. Assim, nada é arte por natureza. Não existem objetos que, prontos, se confirmem artísticos. Para estar dentro de um museu, e com isso, receber o “selo de autenticidade artística”, o objeto deve ser aceito por um sistema (talvez uma analogia rasa a toda nossa vida social).” https://portalarquitetonico.com.br/ready-made/
Arte renascentista – arte linear – contorno bem definido se utiliza um fundo branco para distinguir bem a imagem.
Barroco – Caravaggio – ele faz imagens vivas que já perdeu a definição linear, com um fundo sombrio e o rosto sombreado. Arte pitoresca.
Século XX – deforma as figuras. Wassily Kandinsky, a tela mostra algo invisível – formas abstratas – abandona o campo da representação.
Expressionismo abstrato – figuras manchadas – Linhas livres – libera linhas – quebra o domínio do contorno. Arte abstrata.
Francis bacon – nas deformações, a obra de arte quebra o regime do senso comum, os ideais do homem comum. Um homem alcança sua liberdade quando conquista o tempo, as posturas que o corpo tem altera seu campo de sensibilidade.
Por Elida Rodrigues
https://www.youtube.com/watch?v=2XDNyGZO6Pg
suplemento de "Em busca do tempo puro" por Amauri Ferreira
Por amine
Pessoal,
Encontrei estes vídeos que estão relacionados ao tema, as fontes são desconhecidas, mas vale a pena porque clareiam algumas partes dos textos.
http://www.youtube.com/watch?v=_uLgIle2bCE (Teogonia)
http://www.youtube.com/watch?v=jPIAUc2N0fk (Teogonia)
http://www.youtube.com/watch?v=4AiGWrep94c ( Chronos ou kairós?)
http://www.youtube.com/watch?v=goUWkM_89TY ( O tempo- Mário Quintana)
https://www.youtube.com/watch?v=fWwxOHqUt8E (Mãos dadas- Carlos Drummond de Andrade)