O trabalho clínico apresenta regularidades possíveis de serem identificadas e descritas em manuais, cadeias de cuidado ou protocolos. No entanto, a clínica também se caracteriza pela extrema variedade dos casos quando encarnados em sujeitos concretos. Nesse sentido, torna-se inevitável a construção de uma metodologia organizacional que combine a padronização de condutas diagnósticas e terapêuticas com a necessidade e a possibilidade de adaptação dessas regras gerais às inevitáveis variações presentes em cada caso.
Além dessa liberdade relativa, é fundamental assegurar a motivação dos profissionais e criar um padrão de gestão em que a maioria se sinta motivada para dedicar-se à produção de saúde
Att,
Marcos Silva
8 Comentários
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Por MARCOS SILVA
Por que as diversidades de saberes e que enriquece a clínica ampliada que expressa a valorização dos profissionais e do trabalho em equipe, como forma de possibilitar a complementaridade do tratamento, atendendo todas as necessidades de saúde do sujeito, ou seja, não só as que foram o motivo da visita do usuário ao serviço.
Por MARCOS SILVA
Não pulam pois ,os usuários atendidos na atenção ampliada em primeiro requisitos e o respeito das diferenças e a integralidades dos sujeitos.
Por MARCOS SILVA
cara Iza,
Com certeza devemos articular e procurar promover ações que assegure o envolvimentos de diversos atores,afim de incluir quem pulalam nos encontros "clínicos".
Acho que a conversa coloca duas questões importantes sobre a clínica e os seriviços/sistema de saúde. Uma trata das bases de princípios e diretrizes que poderiam nortear as relações de cuidados, práticas de saúde, encontros clínicos nos serviços de saúde. Esta questão trataria da razão que sustenta a proposição democrática. Por que é preciso participação e inclusão do sujeito, protagonismo dos sujeitos nas práticas de saúde.
A outra questão trata do como, partindo do prossuposto democrático do SUS, se pode organizar processos de trabalho, gestão para garantir uma participação efetiva e autêntica dos sujeitos, protagonisando as cenas de cuidado e clínica, no cotidiano dos serviços de saúde.
Para mim, essas duas questões são distintas, mas inseparáveis. Seria a articulação lógica que evoca e define a própria questão dos modelos de atenção à saúde. Que modelos de atenção/gestão em saúde trazem essas questões, princípios e diretrizes?
Abraços,
Gustavo
Por MARCOS SILVA
Prof. Gustavo,
Este modelo de atenção e de clinica ampliada que destaca nos princípios norteadores da politica de humanização, com a Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e atenção.Onde podemos fortalecer o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às reivindicações de gênero, cor/etnia, orientação/expressão sexual e de segmentos específicos (populações negras, do campo, extrativistas, povos indígenas, remanescentes de quilombos, ciganos, ribeirinhos, assentados, etc.);
Por Gilvan Faustino
Boa tarde,
Vou tomar a liberdade de sair do campo teórico/conceitual e relatar uma experiência narrada por um professor (médico) em uma ocasião em que ele estava de plantão num pronto socorro.
Um dado usuário chegou ao serviço com importantes sinais e sintomas de transtorno mental. O quadro sugeria o uso de uma determinada medicação usualmente dispensada em situações semelhantes. Alguém sabia, e informou, que aquele paciente era adepto de uma dada religião e que a intervenção de um sacerdote (usei este termo por não encontrar outro mais apropriado) daquela crença poderia devolver a lucidez ao paciente. Pois bem! Contrariando a racionalidade científica, o profissional acatou a sugestão e viabilizou o atendimento com um sacerdote. Resultado: o usuário de fato teve sua condição reestabelecida não sendo necessário o uso da medicação.
Provocação
O profissional considerou a singularidade do usuário e praticou a CA ou, do ponto de vista científico, lhe faltou prudência?
Esta atitude pode ser incluída como prática humanizada?
Por MARCOS SILVA
Caro Gilvan Faustino,
Claro que o profissional respeitou e considerou a singularidade do usuário e praticou a clinica Ampliada e também uma pratica humanizada ,onde pressupõe valorizar a escuta qualificada, tentar compreender os diversos saberes/competências que o paciente (usuário) desenvolve acerca da sua doença, discutindo junto com ele as possibilidades do diagnóstico e de seu próprio tratamento. Isso traz autonomia e protagonismo aos usuários, fortalecendo sua participação efetiva no processo.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
E um método que trabalha pela inclusão das singularidades, das diferenças que pululam nos encontros "clínicos".