Educação à Distância na área da saúde.
A Educação à Distância pode ser considerada e definida como uma modalidade de ensino que facilita a autoaprendizagem, com a ajuda de recursos didáticos organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, e que pode ser utilizada por diversos meios de comunicação.
A EAD passa a ser ferramenta estratégica e importante de sobrevivência dos profissionais.
O procedimento de Globalização impulsionado pela onde neoliberal nos campos da economia e da política, e acelerados pela introdução das novas tecnologias de comunicação nas diferentes áreas de conhecimento, tem contribuído para o conhecimento e credibilidade da EAD.
Considerando as dificuldades enfrentadas por profissionais da saúde que atuam em diversas áreas do saber, com relação ao acesso à formação continuada, a Educação à Distância é vista como uma estratégia para a educação permanente frente às novas tecnologias e como uma inovação pedagógica na educação.
Desde a criação do SUS, muitas mudanças ocorreram para melhorar as condições de salubridade do nosso país, e muitas outras ainda são objetos de busca.
A EAD oferece um novo caminho para alcançar tais mudanças, pois altera os modos de ensinar e aprender, estimulando um agir profissional cliente do processo de mudança e da importância da educação permanente na saúde para melhorar na formação e fortalecer o SUS.
A EAD tem como uma de suas características fundantes a flexibilidade, aumentando a oferta educativa e alavancando a revolução de práticas pedagógicas, proporcionando a reflexão crítica de conceitos tradicionais de educação, face à utilização de TICs.
São os principais usos de TICs na área da saúde: Informatização de atividades administrativas de hospitais, clínicas e laboratórios; Sistemas de apoio à Decisão em Saúde; Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE); Capacitação para utilização de mídias digitais na saúde, visando a sistematização do conhecimento para qualificar a assistência e a gestão; O uso dos recursos da Internet (inclusive por meio da utilização da rede wireless institucional); Comunicação realizada por meio dos chats, comunidades e bibliotecas virtuais, Sites na Internet, Sistemas de informação em Enfermagem, Ambiente Virtual de Aprendizagem, Recursos em Multimídia, Videoconferências e Simuladores virtuais.
As TICs aplicadas à formação em saúde devem enfatizar o desenvolvimento de habilidades que permitam a busca em sites acadêmicos e banco de dados da área da saúde; o conhecimento de elementos éticos aplicados na utilização da informática em saúde e a utilização das tecnologias como ferramentas no exercício diário na profissão (uso de softwares de auxílio a tomada de decisão, simuladores, documentação) e prontuário eletrônico, possibilitando a atualização ou acréscimo de conhecimento em informática de forma relevante e efetiva.
Com relação ao ensino, os docentes podem se beneficiar do uso de registros acadêmicos de diários de classe e atividades online, vídeos instrutivos, correio eletrônico, fórum de discussão, videoconferência, portfólio na web, entre outros recursos. Contudo, um dos desafios postos para que ações a distância via TICs se efetivem nos cursos de graduação é a inclusão digital. As tecnologias digitais fazem parte irreversível do cotidiano no século XXI (celular, GPS, notebook, tablet, entre outros), porém, uma parcela significativa da população permanece excluída de oportunidades de acesso à Internet banda larga e equipamentos de uso pessoal.
Existem muitas razões para a utilização de TICs na educação em saúde, dentre elas, pontua-se o fato de que cada vez mais Hospitais, Clínicas e Organizações relacionadas à atuação do profissional fazem uso de métodos de registro, documentação e comunicação eletrônica, o que tem transformado a informática em uma parte importante do currículo. Outra razão a ser destacada é a necessidade de familiarizar os profissionais para que busquem a utilização consciente das informações via Internet. Sendo desejável que aprendam a utilizar a Internet para comunicação com seus pares, orientação de pacientes, coordenação de grupos de autoajuda, pesquisa de medicamentos e condutas de tratamento, atualização profissional, entre outras possibilidades oferecidas pela grande rede mundial de computadores.
Referencial:
– OLIVEIRA, Marluce Alves de, Educação à Distância como estratégia para a educação permanente em saúde, Revista Brasileira de Enfermagem, Vol. 60, Nº 05, Setembro/Outubro de 2007, Brasília-DF;
– POSSOLLI, Gabriela Eyng, Recursos midiáticos aplicados à formação profissional: Educação à Distância na área da saúde, Revista de Estudos da Comunicação, Vol.15, Nº37, Maio/Agosto de 2014, Curitiba;