Gestão da Clínica
A expressão gestão da clínica no Brasil foi adotada por Eugênio Vilaça Mendes em 2001, “Os grandes Dilemas do SUS”, na literatura internacional não muito encontrada. A gestão da clínica expressa um sistema de tecnologias de microgestão dos sistemas de atenção à saúde que são aplicáveis ao SUS. A gestão da clínica proposta por Mendes é inspirada em dois movimentos: Atenção Gerencial que foi desenvolvido no sistema de atenção à saúde dos Estados Unidos; o outro, Governança Clínica que se estabeleceu no sistema público de atenção à saúde do Reino Unido. A gestão da clínica é um conjunto de tecnologias de microgestão da clínica, destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade: centrada nas pessoas; efetiva, estruturada com base em evidências científicas; segura, que não cause danos às pessoas e aos profissionais de saúde; eficiente, provida com os custos ótimos; oportuna, prestada no tempo certo; equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas; e ofertada de forma humanizada.
A gestão da clínica, portanto, constitui-se das tecnologias sanitárias que partem das tecnologias-mãe, as diretrizes clínicas, para, a partir delas, desenvolver as tecnologias de gestão da condição de saúde, de gestão de caso, de auditoria clínica e de listas de espera, conforme se vê na figura.
Referências
Mendes, E.V. – Os grandes dilemas do SUS. Salvador, Casa da Qualidade, Tomo II, 2001b
As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.:
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Luana,
Você traz uma discussão muito importante para uma produção em saúde com eficiência e eficácia que é a gestão clínica. A partir deste debate, que ações você aponta para que esse modelo de gestão clínica proposto se efetive nos territórios do SUS, buscando a tríplice inclusão e um compromisso de corresponsabilidade entre os sujeitos?
Um abraço!
Emília