La Muerte da Morte

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A Grande Família

A Princesa que sempre foi chegou chegando e anunciando.
"Tudo pode ser, se quiser será. O sonho sempre vem pra quem sonhar".
A família festejou tornando real fantasias e sonhos.
Ofereceu alegria, colorido, dança e irmandade.
Recebeu doçura, esperança, novidade e amor.
A mistura ferveu um caldo incrivelmente saboroso.
Poção que trouxe de volta a capacidade um pouco esquecida da "Grande Família"  festejar sem medo de ser feliz.
Nesta roda de gerações o ritmo foi de Embalos de Sábado a Noite.
Abençoamos a nova vida em gestação  que  já têm uma tia "Princesa das Terras Gaúchas" e que dança no ventre o samba e a rumba.
E abrimos caminhos com o " Vem Neném".
Super Heróis, Bruxa. Mago, Cantora, Super Mario, Marilyn, Entregadores e Pizza entre tantos outros dançaram juntos a contagiante Macarena.
Nesta data querida a amada Amanda ganhou os parabéns de 30 anos.
Hino que atravessou o tempo e aproximou corações.
Canção do encontro.
Ciranda festejada em coro!
"Somos todos um e juntos não existe mal nenhum"
Que a alegria de viver e a esperança seja a luz que ilumine nossas relações.
Que assim seja!
Amém!

La Muerte da Morte

Elaine Perez

Ainda falando em medicalização

Em um lugar esquecido, embaixo do nada, o medo do óbvio reside.
Certeza indigesta da finitude.
Estamos sós, rodeados de distrações.
Se em nossa caminhada a morte já foi celebrada,  velada,  penitenciada, na contemporaneidade é terceirizada.
"Morrer bem" é sinônimo de direito a internações, longos tratamentos , parafernália de primeira, convênios prolongadores de vida,  espaços privilegiados de sentenças técnicas.
Mudamos o ritual!?
Esvaziamos de sentido o momento final????
São provocações que me faço.
Mau agouro agora só se for defeito na máquina.
Do corpo ou do instrumento?
?!?
Na indústria rentável da doença , aos menos favorecidos à sentença de previsão   de "má morte".
Filas, prognósticos indecifráveis.
Falar sobre isso é pedir para viver um monólogo.
Pensar no entardecer é nesse momento perceber o quanto desejamos  esconder o moribundo.
Despedir-se ao toque vem se transformando na despedida solitária do desligamento de máquinas.
Luto é também tempo de solidão e de silêncio.
Não sabemos o que falar.
Como olhar.
O que fazer.
Tempo de reclusão dos enlutados.
Tempos em que o disfarce e a ocupação constante nos afasta de nós mesmos.
Deixe pra lá, quem sabe até lá exista pacotes que programem e de preferência sem nos contar como será.
O quê?
É melhor nem falar….