PLANO FORTALEZA 2040: SAÚDE E PAZ NA FORTALEZA QUE QUEREMOS – SÍNTESE CRIATIVA II

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"A Saúde que temos e a Saúde que queremos” foi pautada de forma ampla, no último dia 23/10/15, na programação dos Fóruns Temáticos e Setoriais, do Plano Fortaleza 2040, por meio da apresentação do Médico Sanitarista, Manoel Dias da Fonseca Neto. A apresentação, extraída do documento “Por uma Fortaleza Saudável e Fraterna” detalhou um diagnóstico da situação de saúde de Fortaleza e sugeriu propostas para a superação dos problemas levantados. O referido documento, em sua apresentação afirma ser o resultado do convite feito pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza aos autores (Manoel Dias da Fonseca Neto, Cícera Borges Machado e Liadélia Sobreira Coriolano), para participar de uma força-tarefa que pensaria Fortaleza para o ano 2040, a partir de vários cenários, internacionais, nacionais, regionais e locais.

O médico Manoel Fonseca abordou os determinantes socioeconômicos e demográficos que interferem no processo saúde-doença, os principais indicadores epidemiológicos de mortalidade, pelos principais grupos de causa. Aprofundou, também, os aspectos relacionados com a mortalidade materna e infantil e alguns fatores de risco e proteção para as doenças crônico-degenerativas e a incidência das principais doenças infecciosas transmissíveis. O autor destacou que o trabalho aponta para uma transição demográfica, caracterizada pelo envelhecimento progressivo da população e pelo aumento da esperança de vida ao nascer, e uma acumulação epidemiológica, em que predominam as chamadas doenças da modernidade, as crônico-degenerativas e a violência urbana, e persistem as doenças do atraso e negligenciadas, como as infecciosas transmissíveis, e a mortalidade materna, que transita entre a modernidade, pelo intervencionismo tecnológico exagerado, e o atraso, pelo significado simbólico de morrer de parto, mais comum em épocas antigas.

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O trabalho destacou o perfil de saúde da região metropolitana em comparação com duas capitais brasileiras, de tamanho populacional semelhante a Fortaleza, uma da região Nordeste (Recife) e outra da região Sudeste (Belo Horizonte). O trabalho, pela sua magnitude, permitiu os autores apontarem estratégias e ações para que o município de Fortaleza venha a ser uma cidade acolhedora e de paz, consubstanciada na proposta “Por uma Fortaleza saudável e Fraterna”. O esforço compartilhado dos autores culminou com a materialização de uma proposta que amplia o olhar sobre a saúde que temos e a saúde que queremos. A realidade, os cenários e a visão de futuro encaminham para a grande perspectiva do “inédito viável”, qual seja, um conjunto de ideias para a construção de uma saúde que se mova pela qualidade de vida e não refém da doença. As tecnologias leves, os conceitos holísticos e a integralidade das ações de promoção da vida na cidade, apontam para o cenário de uma Fortaleza saudável e fraterna.

No começo da apresentação, para dialogar com os conteúdos, soltamos a seguinte síntese:

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SAÚDE, CULTURA E EDUCAÇÃO POPULAR (Por Elias José da Silva). Meus amigos e amigas: vejam só que história boa, esta que nós vimos aqui construir e contar. É uma história de saúde, com tomada de atitude, com mistura de saberes e linguagens, onde a arte e a cultua, no ato de planejar, lubrificam as engrenagens. Onde os saberes acadêmico e popular interagem e reagem! Integração, interação! Saúde, educação e cultura emergentes, permanente e popular, fios de diversas tessituras, de uma rede construída pelo saber de muitas mãos. Educação na saúde, saúde na educação, de forma entrelaçada pela participação. Uma rede de cuidado, uma rede de atenção. O saber compartilhado, trilhas do aprendizado, mística da humanização. E os gestores, educadores, trabalhadores e usuários ampliando seus olhares, nesta metodologia de aprender e ensinar. Conselheiros e usuários, gestores e servidores, constroem no dia a dia os saberes e os sabores. E assim, cada território desta grande Fortaleza, que todos queremos humana e justa, configura sua rima, sem tremores e abalos. Os olhares se iluminam para as ações coletivas, que pensadas e planejadas se quer mais resolutivas! E este desafio é decisivo, sem disputa de terreiros, valores que aqui tecemos, no médio e no longo prazo possam refletir no mundo inteiro! Mas meus amigos e amigas, que história boa é esta, que nós viemos construir e compartilhar? Se acaso alguém não entendeu, há muito ainda o que fazer, há muito ainda o que dizer, há muito ainda o que pensar, há muito ainda o que cantar! Afinal, esta é uma longa história de saúde, cultura e educação popular!

Os educadores populares, da Estratégia Cirandas da Vida (Elias José, Edson Oliveira, Jair Soares e Thyago Porto)/, vinculada à Coordenadoria da Gestão do Trabalho e Educação em Saúde/Cogtes/SMS Fortaleza, participaram de toda a programação do dia, contribuíram com a construção da visão de futuro e dos desafios que comporão o Plano de Saúde, “Por uma Fortaleza Saudável e Fraterna. O fórum da saúde prosseguiu por toda a manhã de sexta feira (23/10). No período da tarde a nossa participação se deu no fórum temático da participação social, cujas imagens também estão sendo compartilhadas neste álbum.