O primeiro caso de dengue no Brasil ocorreu em 1685. Em 1957 a dengue foi considerada erradicada no país. Desde 1903 existe o programa de combate ao mosquito Aedes Argypti, implantado por Oswaldo Cruz.
Por qual motivo, mais de 100 anos após a criação de combate ao mosquito da Dengue, ainda sofremos com epidemias provocadas por ele em nosso país?
Referências:
https://www.combateadengue.com.br/historico/#ixzz3sycJc0x5
5 Comentários
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A Fiocruz de Pernambuco comprovou a relação do Zica Vírus com a Síndrome da Guillian-Barré (SGB), infelizmente.
O estado já está em situação de alerta!
Assim como a dengue e a chikungunya, o zika vírus também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypt.
Por Carlos Rivorêdo
Oi, pessoas humanas!
As epidemias fazem parte do mundo das cidades. A aglomeração humana as facilita. Somos prisioneiros dos modos de viver e conviver.
Penso que tentar, a todo custo, erradicar uma espécie de inseto é tolice.
Isto porque:
1) É um equívoco considerar o sedes aegypti como estrangeiro. Há séculos ele está entre nós, portanto, já deixou de ser "exótico" faz tempo. Hoje, ele faz parte da nossa cadeia ecológica;
2) A aglomeração humana em cidades do porte e da complexidade da maioria das nossas é impeditiva de um combate eficaz;
3) Osvaldo Cruz, com todo seu esforço, não conseguiu a façanha de extinguir o mosquito do Rio de Janeiro;
4) Por enquanto temos "sorte" de não termos sido alcançados pelo pior, ou seja, o retorno da febre amarela urbana;
5) O mosquito é sempre considerado vetor dos vírus em questão. Precisamos nos convencer de que nós também o somos. Nós, os humanos;
Em razão disso, o que precisamos eliminar não é o mosquito. Isto é impossível. Tolice ficar procurando água em vaso de planta. O que precisamos eliminar são os homens e mulheres portadores do vírus.
Quem conseguiu erradicar a dengue o fez com quarentena para os humanos contaminados.
Medidas que considero eficazes:
1) Diante da suspeita de caso de doenças relacionadas ao coitado do mosquito, estabelecer um regime de quarentena por, pelo menos, uma semana;
2) Utilizacao de etecnologias ( todas relativamente simples) para evitar que o homem contaminado seja picado novamente;
3) Manter e centrar no habitat do homem contaminado o controle local e periférico imediato.
Mosquito teremos sempre. Eles já não são mais estranhos ente nós e sua forma de viver é impeditiva de sua extinção.
Tenho claro que até a palavra "quarentena" traz recordações e representações bastante desagradáveis. Todavia, agora, não há mais porque insistir em uma estratégia tola diante na organização das nossas cidade e do grau de mobilidade das pessoas nos espaços. Temos microcefalias em bebês suspeitas de associação com infecção viral, temos milhões de reais aplicados no fracasso. Temos uma ameacada real de umas muito mais devastador. Já é hora de pensarmos em uma intervenção mais forte para evitar o mal maior.
Lembro que cidades como Campinas tiveram epidemias de febre amarela que dizimaram que dizimaram a metade de sua população.
Agora, porque será que isto não é cogitado? Deixo a reflexão para que cada um pense nessa possibilidade e seus impedimentos.
Se é por uma incompatibilidade diante do mundo do trabalho, penso ser mais arriscado perder um contingente enorme de pessoas, seja por morte, seja por invalidez, como no caso dos microcéfalos.
Beijo todos.
Carlão.
Por sarah.omp
Muito interessante a sua reflexão.
Confesso que nunca tinha considerado utilizar a quarentena como uma forma de impedimento da propagação das doenças causadas pelo Aedes Aegypti, especialmente a dengue, em razão que os casos em que as medidas de isolamento são usadas são em doenças contagiosas, como no caso do ebola.
Concordo com você que o termo quarentena traz recordações desagradáveis. Deste modo, se o governo começasse a tomar essa medida de isolamento, será que a população iria enxergar tal precaução como uma interferência em seus direitos individuais? Ao invés de uma medida em que vise a proteção do bem-estar coletivo?
AbraSUS.
Por Deborahmlacerda
Muito oportuno tratar esse tema, Sara.
Ainda mais nesse momento, onde a preocupação pelo Zika vírus, que também é transmitido pelo Aedes Aegypti, é alarmante em alguns estados brasileiros. Espero que diante dessa situação, as ações em prol da mobilização em combate ao mosquito aumentem, não só por parte da vigilância, mas também da sociedade civil.
abraços, Sara
Por laismonteiro
Muito pertinente a sua reflexão Sara, muitas vezes nos deixamos levar pelo comodismo. São tantos anos falando sobre dengue, vendo as campanhas educativas, recebendo visita da vigilância então, sempre temos aquele sentimento.. Ah, é sobre a dengue de novo? Isso, eu já sei o que tem que fazer.. Falam sobre isso todos os dias!
Mas, é justamente aí que mora o perigo. Tanto sabemos e vemos mas, por que não fazemos, não colocamos em prática?
É engraçado que sempre surge uma nova pergunta quando tentamos responder à anterior… E como é difícil respondê-las.