Oficinas Terapêuticas Recreativas do Hospital Auxiliar de Suzano – HCFMUSP
O Hospital Auxiliar de Suzano do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HAS/HCFMUSP) oferece tratamento em cuidados prolongados a pacientes oriundos dos diferentes Institutos do HCFMUSP que necessitem de reabilitação e/ou adaptação a sequelas decorrentes de processo clínico ou então em cuidados paliativos.
O longo tempo de internação ocasiona implicações psicológicas importantes tanto pelo adoecimento quanto pelas perdas e rupturas dos vínculos sociais, bem como as descontinuidades da cotidianidade provocados pela atual condição.
Outros aspectos vivenciados são a ociosidade, conflitos e angústias, foco na doença, alienação e despersonalização, pois ficam submetidos ao confinamento por um longo tempo e sujeitos a um ambiente de constante sofrimento e dor.
A partir da observação e identificação de tais interferências no ambiente hospitalar, a Terapia Ocupacional e a Psicologia realizaram a escuta de pacientes e acompanhantes para levantar interesses e promover atividades e momentos diferenciados, com o objetivo de minimizar os impactos psicológicos da internação prolongada e favorecer espaços que possam emergir o lado saudável das pessoas, rompendo com o processo da rotina hospitalar. Com isso, elaboraram-se as “Oficinas Terapêuticas Recreativas” que, segundo o autor Samea (2008), propiciam o contato e o reconhecimento do próprio fazer, seus limites e facilidades, a observação do fazer do outro, a percepção de semelhanças e contrastes e a potencialização do fazer junto, fornecendo subsídios para convivência e expressão de liberdade.
Foto: Atividade – Bingo
O público-alvo são pacientes e acompanhantes, a média de participantes por semana é de 15 a 20, a periodicidade é semanal de 3 bingos e na última semana do mês realiza-se o cinema com pipoca, a duração é de duas horas e as prendas e o filme são arrecadados por meio de parcerias ou por intermédio dos próprios pacientes e acompanhantes que contribuem conforme desejam e podem.
Foto: Atividade – Cinema com pipoca
Equipe Responsável:
Ana Maria de Paula – Psicóloga
Carina Midori Takasi – Terapeuta Ocupacional
Vanessa Ferreira Campos – Psicóloga
Referências
SAMEA, M. O dispositivo grupal como intervenção. Revista de Terapia Ocupacional da USP, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 85-90, 2008.
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