Somos capazes de nos ascostumar com muitas coisas. Na verdade, parte de nós quer meio que congelar a vida quando achamos que encontramos algo bom.
Mas o tempo é implacável. A pintura nova esvanece-se ou vai ganhando a sujeira da mão das crianças. O piso antes brilhante fica meio opaco e riscado. O telhado ensaia a produção de um buraco aqui outro acolá que só descobrimos surpresos quando vem a primeira chuva. A bela casa vai ficando feia e a beleza que congelamos com o olhar não nos permite mais sermos críticos com os defeitos.
Na vida afetiva acontece algo parecido. Apaixonados tentamos fazer uma propaganda um tanto enganosa de nós mesmos. Mas o tempo vem outra vez e seduzido nosso amor, o cabelo vai perdendo o corte, as roupas amarrotam-se, o perfume é no máximo uma colônia que perde o cheiro assim que cruzamos a porta e se descuidarmos muito, lá se vai a linha dos corpos e parte do desejo submerge afogado no cotidiano.
Hoje a Rede HumanizaSUS cometeu o atrevimento de virar a página do cotidiano e feito a “Valsinha” de Chico Buarque chega de um jeito diferente de sempre chegar. E decididamente a rede empenhou-se em ser mais bonita. Mas não só isso, tentou arrumar a casa também, comprou novos móveis, quadros, som, TV. O projeto de decoração quer estar alinhado com as novas tendências sem se esquecer das virtudes do antigo.
Claro, existem coisas ainda que não ficaram prontas a tempo. Um ou outro problema pode ser encontrado. Uma lâmpada pode não se acender ou a geladeira nova não conservar o alimento por muito tempo.
Faça então o seguinte. Encontrando algum problema, nos avise por este link: https://docs.google.com/forms/d/1hBd5ydkBXHGyTZzoIV6yTLHv3AgJPC61w0jL8xgEwzU/viewform
Um grande abraço. Esperamos que a valsa continue tocando e que a casa sempre se renove.
ERASMO RUIZ
Equipe de Curadores da Rede HumanizaSUS
Por Luciane Régio
Que a dança de valsa nos contagie 🙂
E que a música continue presente!
No tamborilar…
Nas cirandas e rodas… e… e…