O aumento dos casos de microcefalia com suspeita de relação com o Zika vírus reacendeu o debate sobre a legalização do aborto no Brasil. O assunto foi tratado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que anunciou defesa em relação à liberação do aborto em países com surto do vírus em casos de gestantes infectadas.
Para discutir o tema, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares promove, nesta quarta-feira (9), o debate "Direito ao aborto em casos de microcefalia", a partir das 19h, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
O evento contará com a participação de Stephanie Ribeiro, do Movimento de Mulheres Negras; e da médica sanitarista Marília Louvison, professora doutora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). A atividade será transmitida on-line pelo Saúde Popular (www.saude-popular.org).
Dados
Segundo dados do Ministério da Saúde, os abortos que são feitos de forma clandestina têm provocado 602 internações diárias por infecção, 25% dos casos de esterilidade e 9% dos óbitos maternos no Brasil. A estimativa do órgão é que ocorram 1,25 milhão de abortos ilegais por ano no país. Para movimentos de mulheres que defendem a legalização do aborto, o tema deve ser tratado como questão de saúde pública, além de ser um direito das mulheres de decidirem sobre o próprio corpo.
Segundo informações da Agência Senado, a lei brasileira prevê que a gravidez pode ser interrompida quando é consequência de estupro, quando há risco de morte para a mãe ou se o feto não tem cérebro (anencéfalo). Essa última possibilidade foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 12 de abril de 2012, sob forte oposição de alguns grupos religiosos.
Agende-se:
Saúde Popular debate: Direito ao aborto em caso de microcefalia
Dia 09/03/2016, às 19h
Local: Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, próximo ao Metrô República)
Mais informações:
Luiz Albuquerque – (11) 2131.0814
Para confirmar presença no evento clique neste link: https://www.facebook.com/ events/1544074275885070/
Fonte: Saúde Popular
Por Cristine Nobre Leite
Oi Debora,
Eis que surge o tal debate tão esperado.
Sabia que viria à tona de forma bem galopante.
Preparei um material junto com minha mãe ( Maria Coeli ), exatamente usando essa discussão.
Aproveito a tua publicação e já organizo o meu texto.
Uma pena que eu não tenha presenciado o debate.
Abraços,
Cristine