A clínica e a saúde do homem.
O texto “A clínica do Sujeito: por uma clínica reformulada e ampliada” aborda o fato de tratar o paciente não como um ser que precisa ser curado, mas abordar todos os contextos sociais em que este sujeito está inserido. Recentemente, venho fazendo um trabalho a respeito da saúde do homem e pude perceber várias semelhanças com o texto. O homem está totalmente ligado a uma sociedade que dissemina uma ideia de que os serviços são mais frequentados por mulheres. E quando vamos ao posto de saúde é perceptível à quantidade maior de mulheres. A inclusão de homens no serviço ainda é um desafio.
Podemos ver que ainda há um receio da parte deles de procurarem os serviços de saúde e encontramos muita na literatura a respeito disso. Amarante diz: “Se a doença é colocada entre parênteses, o olhar deixa de ser exclusivamente técnico exclusivamente clínico. Então, é o doente, é a pessoa o objetivo do trabalho, e não a doença. Desta forma a ênfase não é mais colocada no ‘processo de cura’, mas no processo de ‘invenção da saúde’ e de ‘reprodução social do paciente.”.
A saúde então deixa de ser um modelo biomédico e passa a ser um modelo de amplitude, o paciente deixa de ser uma mercadoria e passa a ser analisado em todo um contexto biopsicossocial. A transição desses modelos veio das necessidades observadas de promoção e prevenção da saúde como um todo e inclusive da saúde do homem.
Hoje podemos ver que existem várias ações de gestão e planejamento que tornam mais fácil o acesso do homem nos serviços de saúde. Temos a gestão estratégica de recursos, de tal forma que seja possível proporcionar o equilíbrio da oferta do serviço com as reais necessidades da população masculina. Esse planejamento e gestão se ajustam à implementação de serviços que respeitem às singularidades, diversidades sociais, culturais, étnicas, religiosas e de gênero.
Ainda existe um grande debate sobre clínica, gestão e planejamento de saúde. O enfoque foi a respeito da saúde do homem por causa de um trabalho em andamento. Mas existe outros temas como saúde mental, saúde da mulher, que com certeza entraria na abordagem dos textos trabalhados em sala de aula da disciplina GSSS.
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Por Brisa Debora ferreira Camargo
Mary, o tema trazido é de suma importância para o modelo ampliado de saúde que queremos, e provocar esta discussão aqui na RHS abre a possibilidade de ampliar a compreensão da saúde do homem, e alguns outros conceitos sobre a redes de assistência, facilitando assim uma produção de saúde de forma integral, resolutiva e com corresponsabilidades. Sabemos que é necessário uma produção de saúde que espera-se analisar o cuidado do homem, além de um serviço que ofereça um atendimento de forma organizada, com coerências e aplicabilidade dos princípios básicos do SUS, onde a estrutura seja adequada para a população masculina tendo em vista a capacidade e eficiência para conseguir uma assistência ampla e de qualidade.
Obrigada por trazer esta importante discussão!
AbraSUS!
Brisa Camargo