Um novo olhar/fazer na saúde do Município de Viçosa – AL

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Relato de experiências
tania vilela 18/05/2016

A efetivação das Oficinas de Reflexão Coletiva Sobre o Processo de Trabalho na Atenção Básica em execução desde 2015, tem por objetivo geral, conhecer o processo de trabalho dos profissionais da Atenção Básica do Município de Viçosa, envolvendo Médicos, Dentistas, Enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde, Técnicos e demais profissionais.

Nas oficinas utilizamos a metodologia das Rodas de Conversas, priorizando e incentivando a fala dos trabalhadores da saúde, bem como provocando a importância da reflexão sobre um novo fazer na saúde, que deve vir alicerçado em uma nova forma de lidar com o trabalho e no trabalho.

As bases teóricas norteadoras para um novo olhar/fazer saúde no município d e Viçosa, tem sido a Política Nacional de Humanização do SUS, A Educação Permanente em Saúde e a Portaria da Atenção Básica- 2488 de 21/10/2011.

O processo está a todo vapor e estamos apenas no início de uma deliciosa jornada, que acreditamos e já observamos as mudanças provocadas nas inquietações, nos desabafos e no compromisso em voltar a acreditar que vale a pena ter esperança na construção de novas relações de trabalho e de produção d e saúde.

As oficinas são pensadas e executadas por uma equipe de 5 profissionais, envolvendo Assistentes Sociais, Coordenadora da AB, Coordenadora de planejamento e Farmacêutico.

A semente está sendo plantada, e todos já tem a certeza de que o germinar dela dependerá do envolvimento coletivo dos envolvidos. Uma ação desafiadora frente o atual contexto político, econômico e social pelo qual passa o país, mas com certeza gratificante se nos levar a atuar de forma coesa com usuários, gestores e trabalhadores.

Tânia de Alcântara Moura Vilela

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5 Comentários

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Por Emilia Alves de Sousa

Oi Tania,

Muito importante a propostas das oficinas usando as rodas de conversa como ferramenta de produção coletiva.

O método da roda parte do pressuposto de que a produção de saúde se dá numa rede de relações entre sujeitos, um modo interativo de fazer, valorizando os saberes de cada profissional, fazendo circular de forma horizontalizada o diálogo, onde cada um compartilhe suas idéias, seus desafios e juntos integralizem as múltiplas necessidades do usuário.

Compartilho aqui uma publicação do Erasmo Ruiz que traz uma discussão interessante sobre o método da roda.

https://redehumanizasus.net/10193-o-fetiche-da-roda

O que acha de inserir uma imagem no post para um possível destaque no carrossel da Rede?

Caso necessite, compartilho aqui um tutorial que mostra como fazer.

https://redehumanizasus.net/ajuda#imagens

AbraSUS!

Emília

 

 

Por Sérgio Aragaki

PARABÉNS!!!

Uma proposta ousada, um trabalho importantíssimo, pessoas de muito valor, sensibilidade e compromisso em defesa da vida.

Como vc disse, Tânia, fazer tudo isso no contexto atual é um grande desafio. E desafios a gente vai superando junto com outras pessoas, de maneira democrática, produzindo bons encontros e saúde.

Lembremos do que Eduardo Galeano comenta a respeito da utopia. Caminhamos juntxs, movimentos potentes estão se fazendo, redes de saúde, redes de afetos estão se formando e se fortalecendo.

Por deboraligieri

Cara Tânia.

Atuar de forma coesa com os usuários é atender suas necessidades em saúde de forma resolutiva, através do acolhimento. Para acolher, os trabalhadores também precisam debater as melhores forma de articulação entre si e a gestão, fortalecendo-se em cogestão.

Lendo o texto do Erasmo que a Emilia indicou, e relacionando ao seu texto, fiquei pensando que também existe um outro fetiche, o da administração. Ao creditar a solução do SUS  a uma questão meramente administrativa (como se produzir saúde universal, integral, igualitária e com participação social para 200 milhões de cidadãos e cidadãs fosse algo trivial), as pessoas se esquecem que o SUS é feito de relações entre usuários, trabalhadores e gestores, e que muitas vezes o que mais ajuda na qualidade e atenção do serviço – o que inclui o estabelecimento de vínculo entre eles – é justamente não atender a práticas burocráticas automatizadas, mas investir um tempo para repensar essas relações, e analisar as práticas em saúde para adequá-las à situação verificada nos campos micro e macropolítico.

Nessa dinâmica, cada trabalhador é real possuidor de sua força de trabalho, e cada usuário é pessoa autônoma em sua existência, ainda que precise de atenção em saúde.

Daí a beleza desse trabalho que você nos relata, porque confere dignidade às pessoas envolvidas pelo vínculo do trabalho em saúde!

Abraços,

Débora

Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg

Tânia,

O teu relato mostra o modo de fazer da PNH – Política Nacional de Humanização pois vai revelando o encantamento que nos toma quando experimentamos uma roda realmente democrática e viva. É disso que se trata mesmo, de um contágio pelos afetos de empoderamento e alegria da participação efetiva, da escuta de cada fala, do horizonte que se abre com novas possibilidades de trabalhar em saúde.

parabéns a todos e contem com a RHS para o aumento de toda essa potência!

 

Por luzia Malta

Parabéns Tania!!

Belo trabalho que você está desenvolvendo em Viçosa, restabelecendo vínculos com sujeitos importantes da nossa rede SUS. Vamos fazer esse movimento girar, expandir e agregar mais e mais atores estratégicos. Avante!!!