O Sistema Único de Saúde possui um arranjo organizacional em redes, e a principal área de entrada e teoricamente resolutividade desse serviço é a atenção básica. Nesse nível são desenvolvidas estratégias como o saúde na família, que preconiza a reorganização do sistema, voltados à estratégia de expansão através da mudança nos processos de trabalho, tal redirecionamento proporciona ampliar a resolutividade, bem como impacto na situação de saúde de pessoas e coletivos.
De acordo com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, até o mês de Abril de 2016 havia aproximadamente 124.595.058 pessoas cobertas pela estratégia Saúde da Família, o que dá uma proporção de quase 65% de pessoas atendidas. Esse número reflete uma necessidade de expansão do serviço, pois o preconizado como essencial é uma cobertura de mais de 70%, sem contar que essa taxa varia de acordo com região, tendo algumas que se encontram em torno de 30%, como é o caso do Distrito Federal.
Esse número deveria ser maior, pois a atenção básica deve ser o serviço principal dentro do nosso Sistema Único de Saúde. Ao pensar na articulação das Redes de Saúde, a AB configura-se tanto como a porta de entrada, como aquela que irá reabilitar o usuário em seu ambiente familiar. Nesse sentido, o papel desse serviço é o de manter uma comunicação ativa com os demais níveis de atenção da Rede de Saúde, de modo que possa haver integralidade do cuidado, bem como longitudinalidade das ações e serviços prestados à comunidade.