“Eu, solenemente, juro consagrar a minha vida a serviço da Humanidade. Darei como reconhecimento a meus mestres meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade”. Por meio desse trecho do Juramento atribuído a Hipócrates (considerado amplamente o pai da medicina ocidental) podemos perceber não só a importância da profissão médica, mas também as responsabilidades inerentes a essa carreira profissional. Sim! Existem muitas versões do referido juramento. Entretanto, ainda que existam outras versões, todas elas apontam para um caminho em comum: a construção de uma medicina responsável e, principalmente, humanitária.
O médico precisa saber compreender e acolher ao indivíduo que procura por um atendimento. Ademais, ao exercer a medicina, o profissional da saúde precisa ter humanidade para tratar cada paciente como um ser humano único. Além disso, mais importante do que estar atento ao que o paciente diz, é ter a habilidade para conseguir ouvir o que o paciente não consegue externar com palavras. Tomar tal postura não se evidencia como uma tarefa fácil. Isso porque o cotidiano de um médico, não raro, é carregado de empecilhos, provocados, principalmente, pelo descaso do Estado com o nosso Sistema Único de Saúde. Entretanto, ao escolher a medicina, como carreira profissional, o indivíduo, no mínimo, já estava ciente dos empecilhos que precisaria enfrentar.
Além disso, aquele que escolhe a medicina, como carreira profissional, precisa ter humildade para assimilar o fato de que o médico não trabalha sozinho. Prova disso são as equipes multiprofissionais nos ambientes hospitalares, nos grupos de apoio ao setor da saúde e no cotidiano das Unidades Básicas de Saúde (UBS), por exemplo. A medicina permanece em constante aperfeiçoamento. Nessa dinâmica de trabalho em equipe, o médico ganha a oportunidade de aprender com os profissionais das outras áreas da saúde. Assim como os profissionais, das mais variadas áreas da saúde, podem aprender no contato com o médico.
No próximo dia 18 de outubro, portanto, quando for celebrado o Dia do Médico, que possamos refletir e possamos também buscar alternativas para que a medicina se torne cada vez mais centrada no paciente e no desenvolvimento do trabalho responsável em equipe. Além disso, que seja cumprido pelos médicos cada trecho do Juramento de Hipócrates. Principalmente, o trecho que diz o seguinte: “Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza”.
Por patrinutri
Muito bom contar com esta sua postagem por aqui Anderson. Precisamos mesmo refletir sobre o paspel importantíssimo dos profissionais médicos na sociedade.
E junto com sua importantes observações gostaria de olhar também para a saúde destes profissionais que se colocam a este serviço.
No afã de ganhar muito com a profissão e valorizar a especialidade em detrimento da clínica geral, os médicos e médicas têm vivido uma vida altamente estressante, com multiplos espaços de trabalho, plantões e mais plantões. Com isso acabam realizando uma clínica pobre, calcada apenas no diagnóstico objetivo, sem conseguir olhar e ouvir a amplitude e profundidade dos sintomas relatados pelo paciente.
E a sua saúde doutor, como anda?
E isto não é só para os profissionais de medicina, se refere as diversas categorias profissionais que acabam vivendo este mesmo modo de trabalho.
Dedico este dia 18 10 a saúde dos nossos médicos e médicas.
Leia também o post do Wiliam sobre a relação intersetorial educação, saúde e segurança:
https://redehumanizasus.net/95352-educacao-saude-e-seguranca-publica-no-cotidiano-do-brasileiro
Tenho certeza que dará uma boa conversa!