GRUPO FLORESCER: enfrentamento, afeto e empoderamento
O Grupo Florescer nasceu do Projeto ArtÉ Saúde (ALDEIAS) desenvolvido no CAPS III do Crato A partir das vivencias e experiências das usuárias do serviço senti a necessidade de trabalhar questões de gênero, violências, empoderamento, autonomia, gênero x saúde mental, racismo, entre outras temáticas ligadas as realidades, de forma mais direcionada, e assim foi gestado e parido o Grupo de Mulheres Florescer.
O grupo se encontra semanalmente, é mediado por mim (enfermeira e educadora popular) e acompanhado pela assistente social, as ações são norteadas por princípios de educação popular em saúde, empatia, afetividade, sororidade e apoio envolvendo vários campos terapêuticos, psicossociais e culturais.
Contamos com a participação de profissionais, atores sociais e equipamentos diferentes em ações variadas -dentro e fora do CAPS, promovendo assim uma diversidade de vivencias, perspectivas e percepções.
Entre as ações podemos citar rodas de conversa com equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial e de combate a violência da mulher como Conselho Municipal da Mulher Cratense e Centro de Referência da Mulher, entidades e grupos dos movimentos sociais como o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Coletivo Camaradas e Coletivo MARIAS, oficinas e vivências como oficina de turbantes, oficina de produção de alimentos de baixo custo como pé de moleque e oficina de bonecas Abayomi.
O grupo tem se construído como um espaço de partilha, sentires e vivencias, formação e produção mútua de saberes e afetos, tem encontrado autonomia na busca de respostas e soluções para os problemas enfrentados. Tem fortalecido os elos entre os equipamentos da RAPS e contribuído positivamente na ressignificação do cuidado oferecido no serviço e elaboração de estratégias terapêuticas mais integrais.
E, principalmente, tem constituído uma estratégia de enfrentamento a violência doméstica em suas várias nuances, empoderamento e autonomia de mulheres que vivem ou viveram situações de violência e são usuárias do serviço de saúde mental.
Por patrinutri
Muito sensível esta iniciativa Jessika.
Devemos mesmo agir em coletivo sobre estas questões tão desafiadoras , que provocam a mudança de cultura e atitudes.
Grande desafio, e também, acredito que só empoderando as mulheres estes valores socais poderão mudar.
ABRASUS! Patrícia