Olá, boa tarde! Gostaria de iniciar uma conversa com vocês sobre o que sentem/percebem no seu cotidiano de trabalho sobre o processo de humanização.
Humanização enquanto política pública de saúde que busca pensar os modos de ser e fazer o SUS tomando como foco o processo de trabalho cotidiano; o outro/o sujeito como parte fundamental e que precisa ser convidado a ser parte de fazer compartilhado/coletivo. O quanto estamos dispostos a fazer juntos? Eu acho muito difícil fazer junto, está disponível, ser aceito no grupo… É tudo muito novo e exije de nós um esforço grande, no sentido de ser bom técnico, de cumprir metas e de trabalhar em equipe… Essas questões perpassam nossa formação, o modo como o grupo do trabalho funciona, nossa motivação pessoal, nossa capacidade de resolubilidade e liberdade dentro do nosso trabalho. Mas se o SUS e seu fortalecimento nos motiva esse é um caminho que precisamos tentar.
Desde a minha graduação venho num movimento de fazer junto, de construir conhecimento compartilhado, com experiências exitosas e outras nem tanto… Fico pensando nas relações interpessoais e na liderança de grupo (liderança mutável e dinâmica e fudamentada na coletividade) e como isso faz toda a diferença.
Acho muito importante quando o grupo tenta encontrar sua identidade e acolher seus membros para tentar fazer um trabalho significativo para si e para os usuários. Essa relação é intensa e requer disponibilidade e compromisso, mas as vezes nem sempre estamos dispostos.
Um ambiente de trabalho onde somos vistos como mão-de-obra barata, onde nossos vínculos são fragilizados, onde existe pouco espaço para fala, onde a hierarquização nas relações é muito forte, onde nossa motivação é fragilizada fica bem complicado fortalecer o grupo e fazer um trabalho criativo e significativo… No entanto a gente precisa entender nosso papel e ir tentanto e buscar se fortalecer como grupo para ir pontuando essas coisas e constuindo uma nova forma de funcionamento…
Importante estudar sobre o assunto, pensar junto.
Conversemos…
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Nívia,
Muito boa a sua provocação para a conversa, e compartilhamento de práticas exitosas. Aqui na rede temos uma riqueza de pessoas que fazem o SUS acontecer de forma inovadora, qualificada, e que estão sempre trazendo relatos interessantes das suas ações . E sobre o fazer junto, compartilhar saberes e vivências, esta é sem dúvida a grande aposta da PNH, fomentar na produção de saúde a grupalidade, a roda de conversa, a cogestão, valorizando a participação democrática de todos os envolvidos.
Compartilho uma publicação do Nelson Curica, que traz um relato muito legal de uma experiência de construção de saúde coletiva, numa Unidade Básica de Saúde de Jaraguá do Sul/SC
https://200.201.199.122/93043-quem-sou-eu-no-olhar-do-outro
AbraSUS!
Emília