“Lições Brasileiras de Saúde, Segurança e Cidadania” – cuidado em saúde pela redução de danos
https://www.opensocietyfoundations.org/sites/default/files/crack-reduzir-danos-20170313.pdf
Reflexão e registro de tres abordagens alternativas aos modos tradicionais de lidar com as questões das pessoas que vivem nas ruas.
Sumário:
Populações em situação de rua que usam drogas existem em centros urbanos ao redor do mundo. O Brasil não é exceção. São indivíduos que estão entre os grupos mais vulneráveis da sociedade. Vivendo na pobreza, em geral com baixos índices de educação, muitas com histórico de passagem pelo sistema prisional e expostas ao escrutínio público, as pessoas em situação de rua que usam drogas se encontram encurraladas entre a polícia e o sistema de justiça criminal – que as veem como uma ameaça à ordem pública; e o crime organizado, que as tratam como mercado e fonte de renda e mão de obra. Tradicionalmente, os governos têm respondido à presença de pessoas em situação de rua que usam drogas com encarceramento e violência, ou internações e remoções forçadas em nome de um tipo de “ajuda” que aprofunda problemas de saúde pública e marginaliza ainda mais esses cidadãos. Quando um usuário escapa à criminalização do Estado e busca acesso à moradia e tratamentos de saúde, encontra obstáculos ou é obrigado a provar abstinência como pré-condição para obter auxílio. Algumas cidades, porém, perceberam que existem caminhos melhores e passaram a adotar programas de inclusão social que acolhem e ajudam usuários de drogas respeitando o contexto em que estão inseridos, sem discriminação e sem exigir mudanças em seus hábitos. Tais iniciativas incluem moradia e emprego sem a pré-condição de abstinência.
Escutar… é mesmo uma atividade critica e principalmente uma atitude que se insere numa escolha estética de abordagem respeitosa e humanizadora.
Material precioso para se pensar a questão do uso do crack:
Quem são os usuários de drogas das cenas de uso público nas grande cidades brasileiras?
Pesquisa nacional sobre o uso de crack (Bastos & Bertoni, 2014). Principalmente capítulos 4 a 7. Acessível em:
Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis (Santos et al, 2016). Acessível em:
Como exclusão social e uso de drogas se articulam na vida das pessoas que vivem nas cenas de uso
Meu nome não é cracudo- a cena aberta de consumo de drogas da rua Flávia Farnese, Maré, Rio de Janeiro (Redes da Maré- CESec, 2015). Acessível em:
Crack e exclusão social (Souza et al 2016). Acessível em:
Propostas de cuidado integral para usuários de drogas em situação de vulnerabilidade:
Programa Atitude (Pernambuco). Acessível em:
Programa De Braços Abertos (município de São Paulo). Acessível em:
Síntese dos dois relatórios acima e contexto internacional:
Crack: reduzir danos. Acessível em:
https://www.
Por Emilia Alves de Sousa
Sem dúvida, esse é o caminho para acolher e ajudar as pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social, a criação de programas de inclusão social que além de acolher, respeitem a dignidade da pessoa, sem discriminação e sem exigências, deixando que as próprias pessoas façam suas escolhas. Se elas se sentirem acolhidas e respeitadas, certamente vão saber escolher o melhor para a sua qualidade de vida.