(Este post, é uma atividade da disciplina SUS, da professora Cátia Paranhos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Indígena do HU de Dourados -MS. )
Entre os anos de 1980 e 2012,as taxas de suicídio no país cresceram 62,5% e um silencioso quadro instalado no Brasil, aponta que os maiores suicídas são os indígenas.
Neste cenário,contabilizado pelo último censo de suicídios descrito pelo MAPA DA VIOLÊNCIA (2014), cerca de 81% dos casos se concentram noAmazonas e Mato Grosso do Sul, com destaque à cidade de São Gabriel da Cachoeira-AM, também conhecida com a cidade mais indígena do Brasil e a cidade dos enforcados. A mesma lidera o ranking de suícidos no país ao apresentar média de 50 casos por 100 mil habitantes, taxa dez vezes superior à média nacional.
Em suas considerações, o autor do estudo aponta que o crescimento do suicídio não parece ter a repercussão à altura dos fatos e menos ainda,discussão merecida.
Desse modo, precisamos entender o que está acontecendo com o indígena e seu mundo, humanizar nosso olhar e discutir o assunto como grave problema de saúde pública.
Em anexo, o Mapa da Violência com o dados referidos neste Post e a seguir, um relato da situação do ponto de vista indígena.
https://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2014_jovens.php
https://radioyande.com/default.php?pagina=blog.php&site_id=975&pagina_id=21862&tipo=post&post_id=630
Por Sérgio Aragaki
Muitas são as causas possíveis dos suicídios e genocídios.
Decerto, em nosso país (e no mundo), tem muito a ver com a supremacia da valorização do capital em detrimento da vida.
Estigma, preconceito, discriminação e extermínio produzidos pelos valores que predominam: branco, macho, heterossexual, rico, cristão, “estudado”.
Mas tudo isso é fruto e se produz nas práticas humanas. Portanto, passível e possível de mudanças. E queremos mudanças urgentes!