Passatempo para enfrentar espera: mães com bebês na UTI Neonatal do HRSP aprendem artesanato com voluntárias
Na rotina de uma Unidade de Terapia Intensiva, a UTI Neonatal, costumam aparecer dias de desânimo e autoestima baixa para aquelas mães que tanto planejaram um momento diferente para o nascimento dos filhos. Acompanhar dias a fio os frágeis recém-nascidos muitas vezes gera ansiedade. Convivendo com situações no dia a dia, o setor de Psicologia do Hospital Regional São Paulo, desenvolveu um projeto de artesanato com mães que estão acompanhando os bebês na UTI. A intenção é fazer com que elas tenham um momento de descontração, para aliviar o estresse.
Os 10 leitos de UTI Neonatal do HRSP ficam a maior parte do tempo ocupados. Na maioria das vezes são bebês prematuros, com doenças crônicas, como cardiopatias, ou síndromes raras que comprometem o desenvolvimento. As mães têm garantido por lei o direito ao acompanhamento integral junto ao leito do bebê e muitas passam semanas dentro do hospital até que o recém-nascido tenha alta.
O grupo surgiu depois que se observou que o tempo ocioso e integral no ambiente hospitalar era causador de grande estresse e angústia pelo fato do filho encontrar-se internado na UTI. “A ideia é proporcionar um espaço onde elas possam diminuir a ansiedade, compartilhar experiências, dúvidas e angústias, além de confeccionar uma pequena lembrança da época em que estiveram no hospital acompanhando o tratamento dos bebês”, reforça a psicóloga Thaís Delazeri.
Uma vez por semana, as mães deixam a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal para passar aproximadamente uma hora na companhia de voluntárias, que ensinam a elas técnicas de artesanato. Os materiais são fornecidos pelo próprio Hospital Regional São Paulo.
“Procuramos fazer peças simples e rápidas, algo que não exija prática, justamente para contemplar a todas. O interessante é que algumas delas nunca pegaram uma agulha na mão, mas saem gostando do artesanato e dizem até que pretendem continuar em casa”, enfatiza Chelli de Souza, voluntária que ensina artesanato, membro da Associação Beneficente Voluntárias Madre Bernarda e coordenadora da Casa de Acolhida Santa Bernarda.
Texto e fotos: Cristine Maraga/ ASCOM HRSP
Por Emilia Alves de Sousa
Iniciativa importante. Nada mais estressante e adoecedor do que um filho em tratamento na UTI. A mãe, portanto, também precisa de atenção, e uma atividade como essa além de contribuir para reduzir a ansiedade, coloca as mães em contato com as outras e aumenta a confiança.
Estã de parabéns a equipe de psicólogos pela idealização da iniciativa!
Emília