Cartografia de alguns pontos de produção de saúde mental nessa loucacidade…
“Sonhei num sonho
Que via uma cidade invencível diante dos ataques
De todo o resto da terra,
Sonhei que essa era a nova cidade dos Amigos,
Nada ali era maior do que a qualidade do amor robusto, que guiava todo o resto
E era visto a todo momento
Nas ações dos homens daquela cidade
E em todos os olhares e palavras.”
Walt Whitman, Folhas de relva
– See more at: https://redehumanizasus.net/96034-trabalhadores-do-sus-cartografam-pontos-de-producao-de-saude-mental-na-cidade-de-sao-paulo#sthash.t5XTpxKB.dpuf
“Sonhei num sonho
Que via uma cidade invencível diante dos ataques
De todo o resto da terra,
Sonhei que essa era a nova cidade dos Amigos,
Nada ali era maior do que a qualidade do amor robusto, que guiava todo o resto
E era visto a todo momento
Nas ações dos homens daquela cidade
E em todos os olhares e palavras.”
Walt Whitman, Folhas de relva
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“Sonhei num sonho
Que via uma cidade invencível diante dos ataques
De todo o resto da terra,
Sonhei que essa era a nova cidade dos Amigos,
Nada ali era maior do que a qualidade do amor robusto, que guiava todo o resto
E era visto a todo momento
Nas ações dos homens daquela cidade
E em todos os olhares e palavras.”
Walt Whitman, Folhas de relva
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“Sonhei num sonho
Que via uma cidade invencível diante dos ataques
De todo o resto da terra,
Sonhei que essa era a nova cidade dos Amigos,
Nada ali era maior do que a qualidade do amor robusto, que guiava todo o resto
E era visto a todo momento
Nas ações dos homens daquela cidade
E em todos os olhares e palavras.”
Walt Whitman, Folhas de relva
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“Sonhei num sonho
Que via uma cidade invencível diante dos ataques
De todo o resto da terra,
Sonhei que essa era a nova cidade dos Amigos,
Nada ali era maior do que a qualidade do amor robusto,
que guiava todo o resto
E era visto a todo momento
Nas ações dos homens daquela cidade
E em todos os olhares e palavras.”
Walt Whitman, Folhas de relva
PONTOS PARA UM “DO-IN ANTROPOLÓGICO” DA CIDADE
É possível identificar pontos num território. Pontos georreferenciáveis.
Pontos de encontro, pontos de trocas, pontos vitais: pontos sensíveis do corpo da cidade.
Pontos por onde flui a vida dos territórios. Pontos detectáveis por olhares atentos ao território vivo da cidade.
O que se apresenta, a seguir, é o resultado do exercício coletivo de se cartografar pontos de produção de saúde mental na cidade de São Paulo, realizado por algumas dezenas de trabalhadores da rede municipal de saúde.
Esse resultado é apresentado num mapa da cidade em que estão posicionados acontecimentos, encontros, conversas, poemas, serviços, residências, casas do povo, praças, redes, ruas, muros, artes, hortas, jardins, atendimentos, eventos, casas de cultura, pontos de cultura, pontos de economia solidária e outros tantos pontos assinalados na trama fina dessa cidade, nos quais estes trabalhadores reconhecem algum tipo de participação na “produção coletiva de saúde mental”, no mais amplo sentido dessa expressão.
De cada um desses pontos na trama da cidade, dá conta um vídeo. Em cada ponto assinalado no mapa, é possível um mergulho audiovisual num ponto de produção de saúde mental da cidade: um vídeo que (dá) conta (d)o que se passa nesses “pontos sensíveis” do corpo da cidade, num “do-in antropológico” desses pontos.
Estar sensível à presença desses “pontos de potência” no território é pré-condição para qualquer política que se pretenda “política pública de mobilização e encantamento social”, como é o caso da política de cuidados em saúde mental no SUS.
Nessa direção, continua a ser uma grande inspiração e uma grande síntese do que foi a política de “pontos de cultura”, esse trecho do pronunciamento do Ministro-Hacker da Cultura Gilberto Gil, por ocasião do lançamento do Programa Cultura Viva, em 2004:
“Não falo de dar o peixe, nem de ensinar a pescar. Falo de potencializar a pesca que se faz há muito tempo, em espec ial nas áreas de risco social, nos territórios de invisibilidade, nos grotões e nos guetos das grandes cidades brasileiras, onde pulsa uma cultura e uma arte tão fortes, mas tão fortes, que não há miséria, não há indigência, não há descaso ou violência que as façam calar. Ao contrário. Elas crescem, elas se consolidam, elas se desdobram e interagem com outras manifestações, influenciando diretamente a cultura da esfera midiática e nacional.
Trata-se de um programa flexível, que se molda à realidade, em vez de moldar a realidade. Um programa que será não o que o governante pensa que é certo ou adequado, mas o que o cidadão deseja e consegue tocar adiante.
Trata-se de uma iniciativa de do-in antropológico (…), massageando pontos vitais, mas momentaneamente desprezados ou adormecidos, do corpo cultural do país.
Em resumo, o programa Cultura Viva é, sobretudo, uma política pública de mobilização e encantamento social. Mais que um conjunto de obras físicas e equipamentos, ele envolve a potencialização das energias criadoras do povo brasileiro”.
PONTOS DE PRODUÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM SAMPA
Na pespectiva de 96 trabalhadores que atuam, direta ou indiretamente, em saúde mental no SUS do município de São Paulo, que produziram 43 vídeos, dos quais 40 estão georreferenciados no mapa abaixo:
Toda essa produção coletiva se deu como resultado do curso Redes de Produção de Saúde na perspectiva da Inteligência Coletiva, que fez parte do Programa de Educação Permanente Rede SAMPA (Saúde Mental Paulistana), promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de SP.
Para saber mais sobre o projeto completo do curso, veja este post:
Trabalhadores do SUS cartografam “pontos de produção de saúde mental” na cidade de São Paulo
Para assistir aos documentários completos das duas edições do curso, veja este post:
Documentários apresentam curso-intervenção em que trabalhadores do SUS paulistano cartografaram 43 pontos de produção de saúde mental na megacidade
Veja aqui tudo que já foi publicado sobre esse importante projeto de Educação Permanente na RHS: Rede SAMPA
Este projeto foi desenvolvido no curso Redes de Produção de Saúde na perspectiva da Inteligência Coletiva, que fez parte do Programa de Educação Permanente Rede SAMPA (Saúde Mental Paulistana), promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de SP.
(Veja aqui tudo que já foi publicado sobre esse importante projeto de Educação Permanente na RHS: Rede SAMPA)
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Os sujeitos em sofrimento psíquico constroem no espaço urbano
seus projetos sociais e subjetivos “e vivem fraternalmente e apropriam-se da cidade de tal maneira, que podem não só viver nela como, ainda, estabelecer estratégias de vida, de reforço de suas referências, de escolhas, o que torna esse ‘pedaço’ um exercício vital para enfrentar outros momentos da existência.”
Bernadete Maria Dalmolin, Esperança equilibrista:
cartografias de sujeitos em sofrimento psíquico.
Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. 214p.
(Obra de Renato Neves, 2007)
PONTOS DE PRODUÇÃO DE SAÚDE (MENTAL) E LUTAS MICROPOLÍTICAS
1
“Se é bem evidente que os poderosos urdem complôs para preservar e estender as suas posições, não é menos certo que por todo o lado se conspira – nas entradas dos prédios, junto às máquinas de café, atrás dos bares, nas ocupações, nas oficinas, no decurso de um passeio, nas noites, nos amores. E todos estes laços, todas estas conversas, todas estas amizades, tecem por capilaridade, à escala mundial, um partido histórico em construção – ‘o nosso partido’, como dizia Marx. Há, realmente, face à conspiração objetiva da ordem das coisas, uma conspiração difusa à qual nós de fato pertencemos.
Mas reina a maior das confusões no seu seio. Por todo lado, o nosso partido se confronta com a sua própria herança ideológica; ele assenta sobre uma enorme tela de tradições revolucionárias desfeitas e defuntas, mas que pedem respeito. Ora, a inteligência estratégica vem do coração e não do cérebro, e o erro da ideologia é precisamente o de fazer barreira entre pensamento e coração. Em outras palavras, temos que forçar a porta a partir do lugar onde já nos encontramos. O único partido a construir é aquele que já aí está. Temos de nos desembaraçar de todo o amontoado mental que tolda a clara compreensão da nossa comum situação, da nossa ‘comum terrestritude’. A nossa herança não é precedida por nenhum testamento.”
Comité Invisível, Aos nossos amigos, 2014 p.12-3.
2
“Si el Comité Invisível afirma que la potencia política de las plazas reside en sus verdades éticas es porque estas nos arrancan del individualismo (cada cual para sí) y nos vinculan por todas partes a personas y a lugares, a maneras de hacer y pensar. De pronto ya no estamos solos frente a un mundo hostil, sino entrelazados. Afectados en común por la inmolación de un semejante, la demolición de un parque, el desahucio de un vecino, el disgusto por la vida que se lleva, el deseo de otra cosa. Sentimos que el destino de uno tiene que ver con el destino de los otros.
La ‘organización’ más importante es, finalmente, la vida cotidiana misma, en tanto que red de relaciones susceptible de activarse políticamente aquí o allá. Cuanto más densa es la red, cuanta más calidad tienen esas relaciones, mayor es la potencia política de una sociedad.”
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Ricardo,
Que legal a continuidade da cartografia dando passagem a esses importantes pontos de produção de saúde da cidade de São Paulo. Uma produção coletiva que traz diferentes formas de cuidado, como mostra o “SUSdance Perus”, que foca não a doença, mas a saúde/vida, o encontro com o outro, a alegria, o bem-estar físico mental das pessoas. Um modo de buscar a saúde transformando paradigmas, se (re)inventando.
E nada mais potente para sensibilizar e estimular a participação das pessoas do que a arte, a dança, o estar com, principalmente os jovens, que possuem uma dinamicidade muito grande. Colocá-los em movimento através da arte, da interatividade com os pares, onde cada um seja protagonista do que faz, é estratégico para garantir a participação em qualquer atividade. Me fez lembrar uma visita que fiz a alguns anos no Hospital Albert Sabin em Fortaleza, oportunidade em que conheci o trabalho realizado com um grupo de jovens, que antes da acolhida deles na comunidade hospitalar, viviam depredando e pichando o prédio do hospital. Esses jovens foram identificados e convidados para conhecerem o hospital, e a partir daí passaram a se reunir periodicamente com uma equipe multiprofissional para conversarem sobre eles, sobre os problemas que os afetavam, e eles termiram grafitando lindamente os muros do hospital. Assim, de pichadores passaram para a condição de artistas e colaboradores, passaram a ser sujeitos na produção de saúde no hospital.
Vou assistir cada vídeo com muito carinho e compartilhar com meus contatos!
Bjs!
Emília