Fonte da imagem: Google Imagens
Participei de uma roda de conversa sobre drogas e Direitos e Humanos e tive a oportunidade de conhecer esse curta. Não sei se já postaram por aqui, mas quero compartilhar com vocês. Diante de tudo que já assistimos sobre a higienização da cracolândia, vale a pena assistir esse curta.
Eu quero falar de um problema sério, da ignorância social, das pessoas que acham que recriminar é tratar, mas não apontam soluções.
Das pessoas que se entopem de antidepressivos e depois me chamam de maconheiro, drogado.
Mal sabem elas que estamos no mesmo barco, de um lado o ilícito, do outro o legalizado, tarja preta, modo zumbi em capsula.
Ai vem dizer que drogado é gente de rua e ainda chama de bandido, sujo, preguiçoso, “tá assim porque quer”, ué, você também, não?
O tarja preta do lado, lento como uma internet discada, olha pra o lado e julga, nem sabem quem é, muito menos porque tá rua usando droga.
Hipocrisia é criminalizar meu cigarro e se afogar em remédios.
Hipocrisia é se embriagar de álcool e condenar quem se embriaga com outras drogas.
Na lente suja tudo é sujo, até você e eu quando nos olhamos no espelho. (Alberis L.)
“Hotel Laide foi um dos mais importantes hotéis sociais da política de redução de danos para os usuários de crack da maior Cracolândia da América Latina. O filme acompanha a chegada de Angélica no Hotel Laide, uma jovem mulher que viveu na rua dos 7 aos 23 anos. Na casa, a esperavam d. Laide, Brenda e Maria Paula. Mais do que uma estória de sobrevivência, o filme é agora o testemunho sobre a urgência da resistência da política de redução de danos para os usuários de crack.”
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Relatos de vida e sofrimento que precisam ter maior visibilidade. E uma narrativa como essa mostra outras possibilidades para um fenômeno que transcende muito o campo da moral e das opiniões.