O Hospital Getúlio Vargas (HGV) tem evoluído no cuidado multidisciplinar com os pacientes, principalmente de casos complexos que necessitam do envolvimento de vários profissionais. Como é o caso do paciente F.C.C, 18 anos, que está internado há quase dois meses no HGV, sendo desenvolvido um cuidado individual e multidisciplinar com o objetivo de recuperar sua saúde e devolver uma melhor qualidade de vida para o paciente.
Vítima de um ferimento com arma de fogo que o deixou paraplégico, F.C.C está internado no HGV há quase dois meses, devido a uma fratura exposta de fêmur. A supervisora de enfermagem da Clínica Cirúrgica III, Rachel Lopes, conta que recebeu o paciente com uma fratura exposta de fêmur e com muitas escaras(feridas) na região das nádegas, já infectadas. Desde então, um cuidado multidisciplinar que envolveu uma equipe composta de médicos cirurgiões, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, foi desenvolvido para recuperar a saúde e devolver melhor qualidade de vida ao paciente.
Para Rachel Lopes, a dinâmica do atendimento se processou por vários motivos. Ela explica que foi percebendo ao longo do cuidado, que o paciente pertencia a uma família com vários problemas sociais e os seus ferimentos tornaram-se mais graves, por causa do abandono em que se encontrava antes de ser transferido para o HGV. Ela conta emocionada, que F.C.C quando chegou no hospital era triste, agressivo e não aceitava as condições dele. “Assim foi incluindo o atendimento às suas necessidades e também de seus familiares, o que foi a base para o modelo aplicado”, destaca Rachel.
Rachel destaca que F.C.C chegou ao HGV, muito magro e sem condições até mesmo de realizar alguns procedimentos necessários para o seu caso. Além de tratamento com o acompanhamento pela nutrição (onde engordou 10 quilos), passou por cirurgia ortopédica, proctológica e plástica. Ela explica que foi necessário colocar uma bolsa de colostomia temporária porque as feridas estavam tão profundas que, quando ele defecava, infectava ainda mais, retardando a cicatrização.
A supervisora de enfermagem destaca a importância do trabalho multidisciplinar onde toda a equipe é importante na recuperação do paciente. “Sendo esse ponto forte no processo terapêutico que foi desenvolvido exclusivamente para ele”, explica Rachel.
Atualmente, F.C.C ainda requer muitos cuidados, além dos curativos diários para sarar as feridas, acompanhamento psicológico e com fisioterapeuta para melhorar seus movimentos, ainda vai passar por outras cirurgias para retirar a bolsa de colostomia, logo que as feridas estejam cicatrizadas.
A diretora geral do HGV, Clara Leal, diz que a necessidade de trabalho multiprofissional nos cuidados com a saúde é reconhecida por todos e vem sendo incorporada de forma progressiva na prática diária do HGV. Ela destaca que, assim como F.C.C, existem outros pacientes complexos que chegam ao Hospital e que necessitam de um acompanhamento multidisciplinar. “Esse tipo de cuidado requer não só a dedicação de uma equipe comprometida, mas também de recursos financeiros para suprir a necessidade de cada paciente”.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Fátima, muito bom o seu retorno à Rede com esta bela postagem!
Compartilho aqui o comentário que fiz ao compartilhar o post no facebook!
“O HGV (re)inventando as práticas de cuidado em saúde com a proposta da Clínica Ampliada, que valoriza o atendimento conjunto, incluindo profissionais de diversas áreas nas discussões dos casos clínicos e na formulação de projetos terapêuticos, tendo em vista um tratamento mais eficiente e humanizado, e com mais protagonismo do usuário. Muito legal!
Continue compartilhando conosco as boas iniciativas do HGV, que eu sei que são tantas e, que podem inspirar outros profissionais!
Bjs
Emília