Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde
Sou a mais nova integrante do Media Lab da UFG, laboratório que mantém, entre outros projetos, a infraestrutura técnica dessa rede aqui, a Rede HumanizaSUS. Minha primeira reunião de trabalho foi dentro deste projeto que já conhecia por conta de um post do Ricardo Teixeira sobre mídia tática, um conceito pelo qual eu tenho muito carinho e que fiquei encantada por vê-lo difundido por esta rede.
Como a reunião versava sobre novas funcionalidades do portal e sobre testes com publicações como esta, estou aproveitando para também divulgar um conteúdo que pode ser de interesse da rede, como esse curso do AvaSUS sobre o Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde. Apesar de ter um público alvo específico, ele também é aberto ao público em geral.
Achei a iniciativa sensacional e por isso estou divulgando-a por aqui. Muito bacana esses conhecimentos em educação para a saúde livres, abertos, integrados e acessíveis que o SUS está promovendo. Isso também faz parte do SUS que dá certo! =D
10 Comentários
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Por fabs balvedi
Poxa, com toda essa recepção aqui não tem como não me emocionar, gratidão a todes pela calorosa acolhida e longa vida às redes-afeto! =D
Por patrinutri
Olá Fabs, que maravilha tê-la por aqui!
Em Blumenau temos um Núcleo de Práticas Integrativas na universidade regional FURB e com isso muitas unidades de saúde tem aplicado horta de plantas medicinais e também auriculoterapia, reiki, yôga entre outras. E com certeza os mais envolvidos são os agentes comunitários de saúde em seu papel de difundir as prátias para a população em geral por sua proximidade com os domicílios.
Vou divulgar o curso por aqui. Obrigada por compartilhar.
Bjs Pat (Blumenau SC)
Oi Fabs, que bela chegada à rede trazendo este tema tão interessante. Vivemos numa sociedade de medicalização em todas as esferas, com impactos negativos para a saúde. Buscar outras formas de como lidar com a saúde/doença, mais naturais e saudáveis é necessário e urgente. A medicina alternativa com uso de plantas medicinais cada vez mais vem conquistando espaço no SUS! Sou adepta.
Valeu pela publicação, e continue compartilhando conosco as suas produções!
AbraSUS!
Emília
Por VALÉRIA REGINA
Este tema diz muito para mim e para a minha religião.
Nós praticantes do Candomblé e a Umbanda somos todos filhas e filhos das folhas/flores e frutos.
Na verdade, sem o ambiente ecologicamente equilibrado nos dificulta viver em sociedade urbana ou rural e sobremaneira em dialogar com nossos Inkices, Voduns e Encantados.
A natureza nos é mãe, é útero, sempre será vida plena!
Esta discussão permeia a política de Promoção da Igualdade Racial – povos tradicionais: negros, indígenas, ciganos. Tão bem discutido entre governo e sociedade que está organizado em um plano nacional de desenvolvimento sustentável das comunidades de matrizes africanas. Vejam no link:
https://www.seppir.gov.br/portal-antigo/arquivos-pdf/plano-nacional-de-desenvolvimento-sustentavel-dos-povos-e-comunidades-tradicionais-de-matriz-africana.pdf
Trago estas considerações em primeiro lugar por sermos humanos, parte racional do sistema ambiental do planeta Terra, o que nos acarreta em potencia de mil cuidar da natureza para que tudo possamos ter, do alimento ao remédio.
As fontes para toda e qualquer forma de beleza.
Axé!
Por fabs balvedi
Muito bem pontuado, Valéria!
Gratidão pelo link, vou compartilhar também.
Axé!
Por deboraligieri
Maravilhosa a tua reflexão, Valéria!
Essa discussão, que também permeia a política de saúde indígena, me fez lembrar de uma visita a uma aldeia de São Bernardo do Campo/SP que fiz com uma companheira aqui da RHS. Em 2015 fomos a uma reunião na Aldeia Brilho do Sol para entender melhor quais as necessidades dos habitantes do local, e uma das reivindicações era a assistência da FUNAI e da Secretaria Municipal de Saúde para que pudessem replantar as ervas medicinais. Na ocasião o Pajé Fabio nos contou uma parábola muito bonita sobre as atitudes do beija-flor e do elefante face a um incêndio na floresta: o elefante com a tromba maior não se dispôs a pagar o fogo, enquanto o beija-flor muito menor fez inúmeras viagens levando a água em seu pequeno bico para tentar preservar a floresta do incêndio (https://redehumanizasus.net/90503-todo-mundo-aqui-e-beija-flor-entre-a-funai-e-a-sesai-sao-bernardo-e-sao-paulo-a-aldeia-brilho-do-sol/). Atualmente as políticas de proteção da natureza e das populações mais vulneráveis estão sendo incendiadas no Brasil, junto com todas as políticas de bem-estar social. Mas cursos como este compartilhado pela Fabs são uma forma dos beija-flores apagarem o fogo.
Abraços,
Débora
Por Ricardo Teixeira
Que conversa belíssima!
Quanta coisa se descobre nessa rápida leitura sobre a sabedoria dos povos e comunidades de matriz africana e dos povos ameríndios do Brasil e que se articulam em torno do conhecimento das folhas e das plantas e que falam de uma saúde em relação de harmonia com a Terra e tudo que a habita.
Seu comentário é especialmente maravilhoso Valéria! Muito grato.
Vi que você chegou há pouco tempo na RHS, com muito axé, trazendo uma riqueza muito grande para as conversas.
Muito grato, de novo.
Bem-vinda!
Axé!
Vou fazer 🙂
Por deboraligieri
Fabs querida.
Que bacana encontrar esse seu post e perceber como você está se sentindo bastante à vontade na RHS! Aqui é um espaço onde deitamos nossas ideias, sensações, experiências e reflexões e nos entregamos ao convívio com esse acolhedor coletivo de defesa da saúde, sem medo de sermos abatidos durante o voo. Muito boa a tua presença colaborando com o crescimento da rede!
Acho bem interessante os cursos como este que você compartilhou que, embora direcionados a certo público, permitem o aproveitamento por outros interessados. Há muitos cursos e publicações direcionadas a trabalhadores e gestores do SUS que também podem ser úteis a usuários para que melhor conheçam os serviços ofertados e como acessá-los e, dependendo do caso, para reivindicar o direito de acesso. Acredito que este seja o caso do curso compartilhado neste post: pode informar aos usuários a possibilidade de acesso a tratamentos com plantas medicinais e fitoterápicos pelo SUS. Vou compartilhar!
Beijos,
Débora
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Fabs querida,
Já te demos as boas vindas num comentário que fizestes num post. Mas agora chegas com uma bela postagem que ressalta a potência das apostas nas ações afirmativas de vida. Ou seja, sacaste com exatidão o sentido e o ethos desta rede. E assim mostramos neste momento sinistro o que pode uma rede-afeto. Pode entre muitas outras coisas ativar em nós uma alegria para lutar pelo nosso SUS que dá certo!