FHEMIG/ Digepe lança projeto de prevenção e acolhimento ao servidor vítima de agressão
Em continuidade ao post:
Agressão física contra técnicos de enfermagem em hospitais psiquiátricos
VALÉRIA REGINA / BH/MG – 22/01/2018
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FHEMIG/ Diretoria de Gestão de Pessoas lança projeto de prevenção e acolhimento ao servidor vítima de agressão.
Está em fase de divulgação e estruturação de equipes nas unidades assistenciais da Fhemig o Programa de prevenção e acolhimento ao servidor vítima de agressão no local de trabalho. A iniciativa da Diretoria de Gestão de Pessoas (Digepe) tem por objetivo desenvolver estratégias e ações para a redução ou eliminação das agressões sofridas por servidores durante a jornada de trabalho, além de acolher adequadamente aqueles que tenham vivenciado tal situação e monitorar, por meio de dados gerados, a evolução das ocorrências.
O programa está sendo coordenado pelo assessor da Digepe, Adolfo Sales, e pela gerente de Saúde e Segurança do Trabalhador, Ana Paula Ferreira Penna de Simonne. A iniciativa irá articular as ações já realizadas isoladamente e implementar outras que sejam necessárias para a efetividade do programa. Entre elas, o desenvolvimento de atividades de prevenção, a estruturação das equipes de acolhimento ao servidor vítima de agressão no local de trabalho e a capacitação de outras equipes de prevenção para a redução de riscos de agressão.
Pesquisas apontam que agressões contra trabalhadores da área de saúde ocorrem em diversos setores e em diferentes especialidades de atendimento, como em unidades psiquiátricas (41%), salas de emergência (18%), unidades clínicas (13%), unidades cirúrgicas (8%) e em unidades pediátricas (7%). De acordo com o Conselho Internacional da Enfermagem, entre as categorias profissionais da área de saúde, a que enfrenta mais riscos e que apresenta os maiores índices de violência sofrida em local de trabalho é a dos trabalhadores de enfermagem.
Para o assessor da Digepe, Adolfo Sales, esse programa é pioneiro e de extrema importância para a Fhemig, “posto que a quantidade de servidores expostos é muito grande e todo dia aumenta o número de casos de trabalhadores agredidos. Há casos de servidores com traumas, principalmente psicológicos, de difícil reversão. Reduzir essa estatística é nosso grande desafio”, afirma.
O assessor acredita ainda que é fundamental o envolvimento dos gestores – em todos os níveis – com essa pauta para a busca constante por um ambiente de trabalho saudável, sem violência de qualquer espécie.
Só no ano de 2016, a Gerência de Saúde e Segurança do Trabalhador (GSST) registrou 91 Comunicações de Acidentes de Trabalho por agressão sofrida pelos servidores por pessoas externas. As consequências da violência sofrida pelos profissionais da saúde são diversas: desmotivação para desempenhar as atividades, estresse, absenteísmo, baixa qualidade dos cuidados e serviços prestados, redução da produtividade, dificuldades de recrutamento e redução da qualidade de vida no trabalho.