Atividade de integração entre a Enfermagem e Serviço Social na UPA de Camaçari-BA – Atenção Plena: uma ferramenta para que, através de mim eu possa ver o outro.

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Fui convidada para realizar uma manhã de integração entre os profissionais da UPA de Camaçari-BA, com uma ênfase especial sobre a Enfermagem e Serviço Social. Quando vou realizar uma ação, penso… Como é que estão os profissionais desta unidade? E como nem sempre há um tempo hábil para fazer esta analise de forma mais focal, dou uma atenção especial em fazer que, dentro da atividade eles possam aceitar o desafio de dar “atenção si mesmos”, já que em muitos casos o cuidador tem se tornado mestre em negligenciar sua própria vida, ou a se [dês]sensibilizar a cerca do mundo a sua volta, acionando o modo mecânico padrão.

Em muitos casos, é uma tentativa de se proteger da frustração pelo não reconhecimento de seus esforços, ou outras tantas interpretações pessoais, que levam o ser humano a se mecanizar ante a vida.

Sendo assim a “atenção plena a si mesmo” desempenha um importante papel como integrador, tanto no âmbito do sujeito para com ele mesmo, assim como dele para com a equipe e os usuários, desenvolvendo empatia, cooperação e um olhar mais benigno sobre todo processo, que irá mesclar entre o seu desempenho profissional e pessoal.  Pois mesmo com a preconização em desassociá-lo (trabalho) da vida pessoal, isso é aplicável a conceitos teóricos, lindo na teoria, e nada usual na prática, pois aí a coisa se dá de forma bem diferente.

Pensando principalmente que, toda nossa vida laboral está focada muito mais no quanto e no que produzimos, do que no como e na qualidade do que produzimos, e pensa-se muito menos em como está à saúde mental, emocional, e energética deste trabalhador, uma vez que, o que conta mesmo é a capacidade física de atuação, mesmo que esta não esteja em toda sua plenitude, dado ao contingente subjetivo enfrentado no dia a dia.

A ação em si:

Trabalhar processos tão intensos de forma leve, esta é a meta a alcançar, que não é focada no numero, mas na qualidade da vivencia de cada um, respeitando de forma afetiva este tempo.

A sensibilização que convida os participantes a aderirem a proposta, e se permitirem participar e ver tudo a sua volta com um olhar mais positivo, vai acontecendo gradativamente, entre as dinâmicas, canto, danças, cheiros, contação de histórias, partilhas e sons, e pouco a pouco uma luz muito forte vai se ampliando, a medida que cada um se sente acolhido suficiente para compartilhar a sua luz com o outro, sem julgamento e com compaixão.

  

O resultado:

Os olhares que antes eram: hostis, desconfiados, competitivos, introspectivos, e contidos, agora se permitem ver com bons olhos seus próprios processos, para à partir deste ponto positivo e acolhedor sobre sua própria vida, ver com empatia todas as vidas que convive lado a lado, sejam os colegas de trabalho, ou os usuários, e tudo ganha novas cores, sons e sentidos e desta forma todos nós ganhamos e assim temos a possibilidade de viver em um mundo melhor onde enxergamos a nossa grandeza e a grandeza de cada um, onde a empatia se torna uma digna realidade.

 

Facilitar este processo foi especial! Profissionais fundamentais na sustentação da saúde, convidados a se re-conectarem e sustentarem a si mesmos, historias de vida, canto, som, emoção e amor dentro deste processo. Toda gratidão aos envolvidos pelo convite!

Veja a vida com bons olhos!!!                                                                                                                                          @lucineideleal_tn  – Se quiser conhecer um pouco mais, passa no insta!


(…)Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta… Que hoje eu me gosto muito mais… Porque me entendo muito mais também(…)   (Gonzaguinha)