Promoção à Saúde do Adolescente realizada por estudantes de Medicina no território de uma ESF do interior Paulista, por meio de um Plano de Ação que emergiu da Metodologia Ativa da Problematização
A Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) insere os estudantes do Curso Médico, desde o primeiro termo, em 07 ESFs de dois municípios, no interior Paulista. Os Facilitadores utilizam a Metodologia da Problematização, nos Ciclos Pedagógicos, com frequência mensal, para criarem Planos de Ação que emergem da Epidemiologia do território de Saúde.
Existe uma parceria entre as Secretarias de Educação, Saúde e a Universidade. Ações intersetoriais são planejadas a partir da Intersetorialidade proposta pelo SUS.
Os estudantes do Curso Médico se inserem nas Equipes Interdisciplinares das ESFs e capturam, nas Reuniões de Equipe, semanais, as Necessidades de Saúde existentes no território da ESF.
No Programa Saúde na Escola, os acadêmicos organizaram Rodas de Conversa com Adolescentes e puderam entender a percepção dos escolares sobre a sua própria saúde e sobre a saúde na sua comunidade. Os Determinantes Sociais de Saúde puderam ser considerados, ou seja, os fatores que dificultam a realização de suas potencialidades e a consecução dos bens simbólicos e materiais. Os acadêmicos da UNOESTE perceberam que cabe aos profissionais da saúde o desafio da reorientação e da articulação das práticas da Equipe interdisciplinar da ESF em direção às necessidades dos escolares adolescentes. O Facilitador salientou a importância da abordagem dos determinantes sociais da saúde e de como eles causam impactos na vida dos escolares adolescentes.
Os acadêmicos, ao abordarem temas como a Sexualidade, buscaram entender a visão que os adolescentes apresentavam em relação à Saúde sexual e reprodutiva.
Os acadêmicos, a partir das Rodas de Conversa com adolescentes, e em um segundo momento, com Professores da Rede Pública de Ensino, consideraram as experiências e vivências individuais, com a finalidade de acolher e construir vínculos e também novas práticas para a criação de ambientes saudáveis no território de Saúde.
O Princípio da Ação Intersetorial foi levado em consideração pelos Facilitadores, na construção do Plano de Ação, com foco na Atenção Primária à Saúde. O exercício de compreender os processos de saúde-doença e da articulação em rede foi estimulado pelo Facilitador. O diálogo com adolescentes foi essencial no desenvolvimento do Plano de Ação, levando-se em consideração os conhecimentos que eles trouxeram em relação à sua saúde, o que possibilitou aos Acadêmicos do Curso Médico enxergarem os escolares para além de sua vulnerabilidade. Desenvolver Planos de Ação na comunidade do Território de Saúde é um indicador de potencialidade existentes na comunidade. A participação dos adolescentes no plano de Ação demonstra essas potencialidades em relação à participação social e à promoção à saúde.
Os Acadêmicos, os Facilitadores, os Professores da Rede Pública, os membros da Equipe interdisciplinar da ESF e os Adolescentes, consideraram como positiva sua participação na atividade de Criação de Ambientes Saudáveis no Programa Saúde na Escola.