POR UM PARTO IDEAL

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         Olá, meu nome é Everton Bernicker, sou aluno 4º semestre do curso de Psicologia da instituição FISMA, e este texto foi inspirado pela leitura do Artigo “Enfermagem na Cena do Parto.” Autoras do artigo: Rita de Cássia Calfa Vieira Gramacho e Rita de Cássia Velozo da Silva. Este artigo encontra-se no Caderno HumanizaSUS, volume 4 – Humanização do parto e do nascimento.

         Quando falamos em parto humanizado, o que imaginamos é sobre um atendimento rodeado de cuidados por uma equipe multiprofissional, informações de procedimentos que irão ser realizados à parturiente, enfim garantir cuidados especiais à mãe, onde ela possa ter sua voz ativa perante as várias decisões que irão ser tomadas no parto. Podendo ser um momento único ou não de sua vida, que mesmo não sendo o primeiro e único deve ser proporcionado a ela respeito e acima de tudo um tratamento digno.

         Mas a realidade é que nos dias atuais a parturiente não é informada de todas informações do que ela teria direito ou não perante a gravidez. Na grande maioria das vezes a equipe de enfermagem escolhe o que é mais prático, aumentando cada vez mais o número de cesáreas no Brasil, esse procedimento que além de fazer as parturientes desprovidas de sua total autonomia, geram gastos desnecessários ao sistema de saúde. Entretanto as autoras ressaltam também que não se devemos virar as costas para as tecnologias e os avanços da saúde, pois esses são de grande relevância para a proteção e saúde da mãe/bebê, principalmente em questões relacionadas ao caminho patológico, mas sempre que possível deveria ser tomado como melhor o caminho do parto normal já que é o melhor para o bebê, a sua passagem pelo canal vaginal é muito importante e prepara o seu pulmão para o ambiente externo e tem alguns trabalhos que mostram que nessa passagem a criança entra em contato com bactérias e isso diminui a chance de algumas doenças aparecerem na vida adulta, como diabetes e asma. Também tem a questão de que, logo que nasce, o filho vai direto para o ventre materno e tem o contato pele a pele.

           O parto humanizado, não se enquadra somente à hora do parto, mas como um todo, onde planejamos um cuidado desde os exames, os acompanhamentos médicos e toda uma estrutura de cuidados antes, durante e após o nascimento sejam em uma gravidez de risco ou não. É momento do parto que os laços maternos entre mãe e bebê se fortalecem, sendo assim um compromisso do enfermeiro ou profissional responsável, dar todo o suporte psíquico e emocional na hora do parto normal que, todavia poder ser também com a ajuda e apoio do pai sendo dele assim um direito, que muitas vezes não é concedido.

         O pensamento proposto por este artigo, trata sobre como a hospitalização do cenário do parto causa também aspectos negativos, e busca através da humanização com a ajuda da equipe de saúde/enfermagem, um parto que envolva neste processo de contato, autonomia, e simbolização à parturiente fazendo com que a mãe e a criança tenham o melhor tratamento possível.