VOLUNTARIADO PARTE IV – FINAL
VOLUNTARIADO – PARTE IV FINAL
Encerrando com este último capítulo, a dissertação sobre “VOLUNTÁRIOS”, não poderia deixar de mencionar sobre a “HORTA COMUNITÁRIA COHAB IV E V”. A finalização da construção da HORTA foi justamente com o final do meu mandato como presidente da Associação, projeto que tomou cerca de três dos quatro anos, de minha administração. A princípio, ao assumir a entidade, havia uma grande preocupação dos moradores, relativo a uma área de 20.000 mts2, pertencente à CASEMG (Cia de Armazéns e Silos de MG). Esta área estava sendo usado, pela criminalidade, ponto de drogas, esconderijo de fugitivos, ocultação de objetos roubados etc. a comunidade mobilizava-se em construir um campo de futebol no local, mas discordei, pelo fato do local, estar próximo a principal rua do bairro, isto poderia resultar em acidentes, sugeri então a construção da horta comunitária, o que foi muito questionado sobre, cessão do local, recursos financeiros, manutenção e tudo que poderia dar errado, solicitei um prazo para apresentar o projeto, o que me foi concedido. Começou uma luta, o primeiro passo, conseguir o terreno. Enviei a diretoria da Casemg, um esboço do projeto, enqunto aguardava a resposta, procurei me informar sobre projetos sociais como exemplo, FOME ZERO, MINAS SEM FOME. A ansiedade tomava conta de mim, até que um dia recebi um telefonema do gerente da Unidade da Casemg de Passos, fui convidado para uma reunião com o superintendente geral da Casemg, que veio ao município exclusivamente para esta finalidade. Nesta reunião, foi me dito que, a Casemg, não só aprovou a seção da área, como também, iria utilizá-la para as demais unidades da estatal. Logo fechamos convênio com CASEMG (ÁREA), EMATER (ASSISTENCIA TECNICA), GOVERNO DE MINAS (MINAS SEM FOME, FINANCIAMENTO) GOVERNO FEDERAL (FOME ZERO, FINANCIAMNETO) BANCO DO BRASIL (ORGÃO PAGADOR), PREFEITURA E FESP UEMG (FACULDADES DE BIOLOGIA, NUTRIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E ENFERMAGEM).
O projeto resumia desta forma, construção de duas estufas de cultivo, uma convencional e outra hidropônica, deposito de ferramentas e fertilizantes, caixa d’água, canteiros a céu aberto para hortaliças e plantas medicinais. Construção da farmácia viva, cozinha comunitária, cursos de aproveitamento de alimentos.
O fato é que, encerrei como disse antes, a construção da horta, juntamente com o meu mandato. Hoje ela, continua produzindo, mas somente com a comunidade, pois tenho informações de que as parcerias acabaram.
Todos estes relatos têm como intuito, simplesmente transmitir a idéia, de que saúde, se faz de várias maneiras, e também que este trabalho comunitário, me mostrou que, ao falar a mesma língua do povo, você consegue, grandes aliados para as conquistas. O combate a fome, esta diretamente ligado a geração de emprego e renda, somente estas medidas tornou a comunidade, com auto-estima e mais participativa, o mesmo pode se fazer com a saúde pública.
Traga as pessoas para o conhecimento da humanização, e veras que as coisas vão se encaixando. Quando presidente do Conselho Municipal de Saúde, já estava como gestor, pois era responsável pela área de diagnóstico do município, e somente colocando os conselheiros em campo, é que realmente, entendera a função de cada um, seja, usuário, trabalhador ou gestor.
A saúde se forma com a participação de vários órgãos, somente a pastoral da criança com seu belíssimo trabalho, com a farinha multimistura, já foi o suficiente para acabar com a desnutrição de dezenas de crianças, por este motivo, convidei a mesma a participar do conselho, o que nos traz ótimos resultados e experiências novas.