saúde e saúde mental do trabalhador da educação

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A saúde mental do trabalhador da educação

Na Semana de Formação Continuada das Escolas Tancredo Neves e CIEP, este tema deu o que falar.

 

Fonte: Assessoria do Gabinete da Vereadora Judete Ferrari

 

Educadoras e educadores das Escolas Estaduais de Ensino Médio realizaram, na semana de 18 a 22 de julho, atividades de debate e discussões visando a qualificação dos professores e do ensino público, em sua Semana de Formação Continuada. Neste ano um dos temas que surgiu com força, foi o tema da saúde mental do trabalhador da educação. Para introduzir a conversa no âmbito das escolas estaduais no município de Alegrete, as E. E. E. M. Romário Araújo de Oliveira, o CIEP, e Tancredo Neves, convidaram a psicóloga Judete Ferrari representando a rede de saúde mental.

 

Entre os aspectos abordados, nas duas plenárias escolares, os presentes avaliaram as ações desenvolvidas pelo setor da saúde mental em parceria com as escolas. Foram unânimes as solicitações de mais atividades de discussão e formação sobre os aspectos subjetivos inerentes na atividade educativa.

 

A psicóloga disse ainda que, o papel de educador, na sociedade atual, requer do profissional da educação, muito mais do que o ato de ensinar em sala de aula. “A docência cada vez mais se configura como uma atividade que demanda um esforço de utilização de habilidades e técnicas além daquelas que os professores geralmente têm. As peculiaridades de cada instituição escolar, os diferentes contextos sociais nos quais os alunos estão inseridos, as necessidades e desejos distintos do alunado, exigem que os professores estejam capacitados a ir além do caráter pedagógico do ensino, uma vez que a educação escolar passou a ser responsável pelo desenvolvimento psicossocial dos seus alunos”.

 

Os educadores identificaram-se com os dados da pesquisa de Franca Limongi, sobre Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática, apresentados por Judete. Com percentuais impressionantes que descrevem seu estado emocional: 73% dos educadores sentem-se sobrecarregados, 63% têm distúrbios do sono, 56% impaciência no trânsito, 55% têm cansaço ao levantar, 35% têm vontade de sumir e 18% sente que nada mais vale a pena.

 

Os professores abordaram que as rodas de formação continuadas são imprescindíveis para enfretarem os aspectos de adoecimento presentes em suas práticas e sugerem que sejam criados Grupos de Trabalho em Humanização na educação.