Comitê Regional de Humanização do Médio Vale do Itajaí em roda mais uma vez!
Estivemos reunidos no Médio Vale para o encontro mensal do grupo regional de humanização. O tema que circulou em nossa roda foi a morte e a relação que os profissionais de saúde estabelecem com ele no seu fazer no SUS. Para tanto contamos com representantes dos GTHs dos municípios que compoe a região, hospitais, psfs, pacs, pastoral da criança, universidade, regional de saúde, alunos de enfermagem e serviço social, e também um grupo do município vizinho de Rio do Sul (Alto Vale do Itajaí), uma vez que temos feito o movimento de agregar e fomentar a interlocução com outras regiões que incluem também Itajaí (Foz do Rio Itajaí) e Joinville (Região Norte), mas que desta vez não puderam comparecer. Neste encontro a fala da Prof Ms Solange Wink do curso de enfermagem da FURB disparou as provocações e reflexões no grupo e nos colocou diante da morte para um diálogo franco. O grupo bastante participativo manifestou suas impressões sobre a morte no âmbito pessoal, nas equipes de trabalho, inclusive mencionando exemplos vivenciados. Em seguida provocamos um link com a humanização e com o fazer da PNH nas instituições envolvidas, incluindo idéias garimpadas no livro de nossos colegas Annatália Gomes e Erasmo Ruiz. Assim, falamos dos aspectos de ambiência relativos a morte, aos momentos de luto e o acolhimento da dor das familias. Debatemos o direito dos usuários em saber de sua condição diagnóstica e de criar condições para o que chamamos de rituais de passagem (últimos desejos, visitas, apoio psicológico e também espiritual, etc…). A Pastoral da Criança trouxe a preocupação com os óbitos infantis, não só reiterando a possibilidade de invertigar suas causas e tornar outros casos evitáveis, mas também para viabilizar atenção a família no momento do luto. Outra manifestação foi no sentido da questão do suicídio, uma realidade bastante numerosa na região. Como encaminhamento cada representante levará a discussão em seu território com os grupos no sentido de fomentar soluções coletivas para estas preocupações e também para criar possibilidades de alteração dos processos de trabalho, incluindo a morte como algo a ser pensado junto com os processos de humanização do sistema de saúde. Outro encaminhamento foi no sentido de levar tanto as estatísticas dos óbitos infantis e suicídios como a discussão ao conselho municipal de saúde para ampliarmos a possibilidade de solução.
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