O trabalho de humanização engloba todo um contexto cultural e social. No quadro gestacional uma doula faz diferença, ela não é uma profissional médica formada, ela faz parte da equipe de parto e pode lhe oferecer atenção e apoio individual durante o parto. Ela pode fazer acompanhamentos antes, durante, pós-parto e ajudar na amamentação.
Para fazer o curso não é necessário ter formação científica na área da saúde, mas um dos motivos para elas não serem permitidas de atuar em algumas maternidades, é essa falta de formação técnica, pois, ela não tem um nível de conhecimento que por exemplo, uma enfermeira teria.
Em Florianópolis se tem um projeto sendo construído com o intuito de capacitar os agentes comunitários de saúde como doulas comunitárias.
O pré-natal é um dos momentos mais importantes durante a gestação, pois com a crescente taxa de doenças sexualmente transmissíveis, precisa-se de muito cuidado para que o bebê não tenha contato com elas. No SUS é onde mais vemos casos em que a gestante com baixa renda, baixo nível escolar ou até mesmo de pouca idade que chegam ao acolhimento já apresentando algum tipo de infecção sexualmente transmissíveis, tornando o processo gestacional ainda mais complexo.
Quando falamos em parte humanizada esperamos um atendimento rodeado de profissionais competentes e que as decisões sejam tomadas primeiramente pelos pais do bebê. Mas a realidade atual é que a gestante não tem voz no momento e as decisões acabam sendo tomadas por médicos, que optam diretamente por cesarianas que geram riscos e gastos desnecessários.
O parto normal deveria ser primeira opção, pois, é naquele momento que o pulmão do bebê se fortalece , tem contato direto com as primeiras bactérias, além de ser o primeiro contato materno e estimular a ocitocina na mãe fazendo com que o leite desça.
Porém, nem tudo são flores quando se trata de uma gestação, algumas mulheres podem apresentar quadros de depressão pós-parto ou negação, criando a intolerância a ações naturais ao bebê ou rejeitando o ato de amamentar.
Escolhemos esses temas por conta de histórias de mulheres que ficaram frágeis durante a gestação, o parto e o pós-parto e em que uma rede de acolhimento humanizada fez toda a diferença, oferecendo amparo tanto físico quanto psicológico a mãe e o bebê. E por projetos iniciados nos postos de saúdes incentivando o acompanhamento pré-natal e pediátrico.
Alunos: Geizyeli, Guilherme, Horrana, Jaqueline e Tathyana