A oficina ocorreu em outubro de 2018, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). Sua elaboração foi possível a partir dos resultados obtidos na minha pesquisa de mestrado intitulada “Percurso formativo da humanização da saúde nos discursos dos fisioterapeutas da unidade neonatal de um hospital público de ensino”, orientada pelo Professor Sérgio Aragaki no programa de Mestrado Profissional de Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Contou também com o apoio de outras profissionais do hospital, uma fisioterapeuta, uma terapeuta ocupacional e uma psicóloga.
Os objetivos da oficina foram:
– Promover uma reflexão sobre a humanização da saúde por meio do diálogo, permeado por experiências nos cenários de prática hospitalar;
– Explanar sobre a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS;
– Discutir experiências práticas de humanização no contexto hospitalar.
Algumas das atividades propostas foram:
- construir um cartaz com palavras que completassem a frase “Humanizar é…”;
- a partir da questão norteadora: “Humanização nas práticas dos profissionais no contexto hospitalar” foi proposto que os participantes se dividissem em grupos, discutissem sobre o tema e construíssem cartazes.
O grupo 1 discutiu sobre os pontos positivos (facilitadores) das práticas em humanização da assistência. O grupo 2 discutiu os pontos negativos (dificultadores). O grupo 3 discutiu sobre propostas e sugestões para a concretização de práticas humanizadas nos seus ambientes de trabalho.
- foi proposto que os grupos 1, 2 e 3 discutissem, ainda em grupo, situações vividas em seus cotidianos, de acordo com o tema definido na dinâmica anterior, e escolhessem uma situação para expor aos demais participantes. O grupo 3 apresentou as sugestões em forma de dramatização. O grupo encenou uma situação considerada rotineira na UTI neonatal do hospital
- roda de conversa com o objetivo educacional de promover um debate entre os participantes, de modo a refletirem sobre as potencialidades, as deficiências e possibilidades de humanização nas práticas do cotidiano.
As atividades conseguiram atender o objetivo proposto, que era compartilhar as experiências entre os participantes da oficina, permitindo que os mesmos se enxergassem dentro do processo de humanização de forma criativa e dinâmica.
A participação de todos foi positiva, atendendo as expectativas e revelando o quanto é importante oferecer momentos que criem espaço para discussão das práticas profissionais.
A escolha da oficina foi bastante acertada, uma vez que ela produziu reflexões importantes para as pessoas presentes. A interação entre profissionais de setores e áreas de atuação diferentes, necessária para a execução das atividades, foi de extrema relevância no compartilhamento de experiências e na melhoria dos relacionamentos entre os participantes.
Por Sérgio Aragaki
É importante salientar que se trata de um mestrado profissional, ou seja, a pesquisadora trabalha no local pesquisado. Assim, concretamente houve contribuições muito importantes para o serviço, reafirmando que produzir humanização da saúde é colocar em análise e produzir mudanças necessárias no processo de trabalho em saúde, qualificando-o e colaborando na produção do “SUS que dá certo”.