A loucura vem a ser objeto de intervenção do Estado no inicio do século XIX, com a chegada da família real no Brasil depois de ter sido ignorada por mais de 300 anos pela sociedade nesse período de modernização da nação brasileira e da independência do país, os loucos que apresentassem comportamentos agressivos não eram permitidos continuar vagando pelas ruas principalmente aqueles com situação sócia econômica menos favorável, o seu destino passou a ser os porões das Santas Casas de Misericórdia, onde permaneciam amarrados e vivendo sob péssimas condições de higiene e cuidados.
No inicio do século XIX o tratamento do doente mental era uma releitura distorcida do tratamento moral de Pinel e utilizava medidas físicas e higiênicas como: Duchas, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias. A cura almejada por Pinel não foi alcançada e essas instituições transformaram se em locais de depósito e exclusão (EPSJV,2003,P 16) aos poucos, o que era considerada como uma doença moral passou a ter também uma concepção orgânica de acordo com o pensamento de vários discípulos de Pinel as técnicas de tratamento usadas pelos que defendiam as teorias organicistas eram as mesmas empregadas pelos adeptos do tratamento moral, todas com explicações e justificativas fisiológicas para sua utilização a partir dai prevalecem às teorias organicistas da doença mental decorrentes das descobertas experimentais da neurofisiologia e anatomia patológica.
Os hospitais psiquiátricos no Brasil surgiram no final do século XIX influenciados principalmente pela psiquiatria francesa, o primeiro foi o asilo PedroII no Rio de Janeiro fundado em 1853.Oprimeiro hospício estava relacionado com o crescimento e reordenamento da cidade (urbanização) e a necessidade de recolher os desviantes.
Era neste contexto histórico que se encontravam os doentes mentais hospitalizados, com perda da sua autonomia e vulneráveis não só em decorrência da própria doença, mas também pela situação de abandono em que muitos se encontravam indivíduos institucionalizados com famílias omissas situações de abandono.
Muitas formas de tratamento e inovações foram introduzidas naquela época tais como: Insulinoterapia, eletroconvulsoterapia entre outros.
Referências Bibliográficas:
Web artigos Da Institucionalização da Loucura a Reforma Psiquiátricas: As setes vidas da agenda pública em Saúde Mental no Brasil por Eliane Maria Monteiro da Fonte;
Web artigos Pesquisa em hospitais psiquiátricos por professora Maria Helena Itaqui Lopes.
Texto escrito pelos alunos de pós-graduação de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Eliana Flávia de Souza Oka;
Danilo Pereira dos Santos;
Farisa Maria Lima Costa.
Por Raphael
Olá Eliana,
Solicito que o grupo insira na postagem como figura destacada uma imagem que vocês acreditem simbolizar a saúde mental no século XIX.
Banhos frios e famílias omissas não são exclusividade do Brasil Império e continuam a castigar muitas pessoas em sofrimento psíquico.
Como vocês enxergam a falta de infraestrutura e limpeza em instituições onde ainda são internadas pessoas em sofrimento psíquico, muitas vezes silenciadas ali por sua própria família?
AbraSUS,
Raphael