O desafio de ensinar sobre deficiência para estudantes médicos utilizando a Metodologia Ativa
A Faculdade de Medicina da UNOESTE, no campus de Presidente Prudente, insere os seus estudantes, desde o primeiro termo da graduação, em oito Estratégias de Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Álvares Machado e Presidente Prudente. Existe uma parceria “Academia-Serviço” entre a UNOESTE e as Secretarias Municipais de Saúde das duas vizinhas cidades. Graças a essa parceria, os acadêmicos fazem parte das equipes interprofissionais das ESFs.
Em conjunto com os Trabalhadores da Saúde, os estudantes criam “Planos de Ação, a partir das “Necessidades de Saúde” das pessoas que moram nos territórios adscritos às Unidades de Saúde. Um dos Planos de Ação, desenvolvido pelos acadêmicos esteve relacionado à “Educação Permanente” para a Equipe de Saúde, com foco na inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD).
Acadêmicos, conscientizaram os trabalhadores da saúde, da unidade, explicando que, as PCDs apresentam tabagismo, sobrepeso, consumo de álcool e outras drogas, depressão e inatividade física em uma frequência maior que aquela vista em pessoas sem deficiência. Acadêmicos também fizeram algumas perguntas para os trabalhadores da saúde:
Perguntaram como a equipe está se organizando para atender às necessidades de saúde das PCDs na nossa ESF, com foco no cuidado em saúde de qualidade?
Como a Equipe entende os termos: “medicina centrada no paciente PCD”; segurança; eficácia; espera para a consulta; eficiência e equidade?
As respostas foram escritas em papel com 5 linhas e depositadas, para discussão na próxima Reunião de Educação Permanente. A seguir, os Acadêmicos conversaram com os presentes sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência. Explicaram que a Política sugere que ações sejam desenvolvidas, com parcerias intersetoriais. Sugeriram que os Setores Saúde e Educação poderiam ser envolvidos neste sentido, podendo desenvolver propostas em conjunto, tendo como alicerce a Política Nacional de Humanização (PNH). A Facilitadora esclareceu que a nossa Instituição de Ensino Superior entendeu que seria importante incorporar, no Campo das Práticas, conteúdos relacionados à reabilitação e atenção à saúde das PCDs. Dessa maneira, por meio da Metodologia Ativa da Problematização, o nosso currículo de graduação na área da saúde foi ficando mais atual. A Facilitadora considerou que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Medicina, instituídas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação estimulam o respeito à inclusão, por parte do futuro profissional de Saúde. Explicou que a atenção às pessoas com deficiência deve ser uma competência e habilidade que se espera que o estudante médico adquira, ao longo do curso. Os participantes consideraram como positiva a ação de Educação Permanente desenvolvida na ESF, com foco no “Atendimento Inclusivo”.
Referências:
O Ensino sobre Deficiência a Estudantes de Medicina:
O que existe no mundo?
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/rbem/a/CLNStJbWBn6dv9Kh6hzRbnJ/%3Flang%3Dpt%26format%3Dpdf&ved=2ahUKEwiBj4PJ28_yAhWHqJUCHQYlBFAQFnoECAoQAQ&usg=AOvVaw1ROQSoawzsXLMuYn7FKwQ0
Acesso em 25 08 2021, às 19h 54min.
Por MARCEL FARIAS DOS SANTOS
Necessidades de saúde de uma área adstrita deve levar em conta a inclusão das pessoas com deficiência para garantir o acesso. Parabéns Regiane