Idadismo e as relações intergeracionais

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DÉCADA DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL 2020-2030

Para que a sociedade esteja preparada para atender uma população envelhecida, faz-se imprescindível compreender as mudanças demográficas atuais e a transição epidemiológica. Tal compreensão é essencial, uma vez que o envelhecimento populacional ocorre com celeridade, porém com muitos conceitos inadequados.

Em atenção ao contexto acima exposto, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu diretrizes para apoiar ações que tenha por finalidade construir uma sociedade para todas as idades. Desta feita, a
Década do Envelhecimento Saudável foi apresentada como principal estratégia para alcançar esse objetivo, com fundamento na Estratégia Global da OMS sobre Envelhecimento e Saúde, no Plano de Ação Internacional das Nações Unidas para o Envelhecimento e os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da Agenda das Nações Unidas 2030.

São quatro as área de ação da Década: área de ação I -mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento; área de ação II – garantir que as comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas;área de ação III – entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária á saúde centrados na pessoa e adequados à pessoa idosa; áreas de
ação IV – propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem. O  que temos visto?Discriminação e preconceito baseados na idade, geralmente das gerações mais novas em relação às mais velhas; etarismo.

Idadismo/ etarismo

“O desprestígio de características físicas dos idosos e a associação destes a perfis socialmente desvalorizados, como os de incompetência e improdutividade, são um fenômeno evidente, que implica menosprezo ao grupo e diminuição de seu status social. Esses elementos formam a base do chamado idadismo, que se refere a formas sistemáticas de preconceito e discriminação contra indivíduos de idade avançada. Vindo do inglês ageismo, o termo idadismo ainda não é consensual em estudos nacionais sobre o tema, que também utilizam terminologias como ageísmo ou ancianismo.

O que temos que promover para mudar o cenário? Os encontros intergeracionais é uma boa estratégia para combater o idadismo.
A necessidade de promover trocas de experiências e ao mesmo tempo aprendizado. Os idosos possuem um acervo acumulado de experiências de vida que podem ser socializadas com crianças e adolescente.

Possíveis soluções:
• Construir um espaço de diálogo intergeracional em que há uma troca muito válida de experiências;
• Promover a discussão da temática nos ambientes escolares e com foco na formação humanizada e de respeito a pessoa do idoso;
• Promover o respeito a pessoa idosa e criar oportunidades de discussão da temática com foco no respeito e valorização da figura do idosos.

 

Foto: minha rainha. Eu sou porque ela é.

Bibliografia


1. Mais 60. Estudos sobre Envelhecimento, Volume 28 | Número 67/Maio de 2017.
2. Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília, DF: OPAS; 2005.
3. KALACHE, A. & GRAY, J.A.M. Health problems of older people in the developing world. In: Pathy, M.S.J.,
ed. Principles and practice of geriatric medicine. Chichester, John Wiley & Sons, 1985. p. 1279-87.
4. CARDOSO, ELIANA, DIETRICH, THAIS PERES e SOUZA, ANDRÉ PORTELAEnvelhecimento da população e desigualdade. Brazilian Journal of Political Economy [online]. 2021, v. 41, n. 1.