Humanização e formação: um espaço de diálogos e encontros sobre o SUS
No dia 05 de agosto iniciou a disciplina “Humanização e formação em saúde” ministrada/ mediada pelo professor Sérgio Seiji Aragaki do programa de Mestrado Profissional Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina da UFAL, trago a palavra mediada pois a disciplina foi o tempo todo discutida em grupo com os participantes , assim teve em sua ementa a discussão do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Humanização enquanto política transversal que rege e pretende por em prática os princípios desse sistema.
A discussão se iniciou com os conceitos criados e por vezes adquiridos do que era o SUS e nesse contexto muitas dificuldades foram apresentadas pelos participantes da aula, o que durante todo o decorrer da disciplina foi sendo descontruído e recriado, trazendo vivências que apresentam um SUS que vem dando muito certo.
Atualmente trabalho na Secretaria Municipal de Saúde de Maceió de um setor que trabalha com as Políticas de Educação Permanente e Humanização em saúde e que por vezes sentimos resistências em alguns serviços ou pessoas para que a Política de HUmanização seja trabalhada, o que não foi diferente na disciplina, percebi que todos estavam muitos sedentos a entender a política e utiliza-la em sua prática entretanto a discussão das dificuldades ou fragilidades do sistema de saúde não deixavam de aparecer e muitas das dificuldades permeavam na falta de diálogo e aproximações entre atenção e gestão.
Durante a disciplina um conceito que foi utilizado o tempo todo e que veio se entrelaçando nas discussões das vivências apresentadas foi o conceito de corresponsabilidade, o qual apresenta a importância e necessidade de que as responsabilidades dentro do cuidado em saúde sejam partilhadas entre todos os atores envolvidos no processo de cuidar, onde compartilhamos obrigações e compromissos. E essa discussão permeou–se em todos os dias das aulas o que para mim trouxe uma mudança de sentidos para todos os participantes.
A disciplina em toda a sua ementa e prática trouxe as diretrizes e princípios que a política apresenta, o cuidado com que ela foi pensada e produzida apresentou a responsabilidades de todos(as) de forma horizontal podendo ser criada e recriada em cada discussão que era apresentada, nos possibilitou assim descontruir o Sus que não dá certo e reconstruir novas possibilidades de cuidado em saúde, ampliando nosso olhar em relação a esse cuidado, o qual perpassa desde a ambiência até os relacionamentos dentro dos serviços de saúde e apresentando um sentimento de pertencimento na construção do Sus que dá certo.
Por Sérgio Aragaki
Jessica,
Poder perceber e coproduzir responsabilidades como efeito (e não como exigência ou obrigatoriedade) no trabalho em saúde, como decorrência do uso do método da tríplice inclusão de fato faz a diferença entre sentidos e práticas de humanização alinhados ou não à PNH. Que sigamos em outras parcerias. AbraSUS!