OUTRA VISÃO SOBRE A ABORDAGEM HUMANIZADA NO ATENDIMENTO ÀS QUEIXAS GENITOURINÁRIAS
Percebe-se que a principal meta da humanização é tornar o atendimento cada vez mais “humano”, facilitando a comunicação entre profissionais e pacientes, trazendo um sentimento mais acolhedor. No caso da ginecologia e obstetrícia, o tema em questão se apresenta como um dos maiores desafios para a prática médica, pois acompanha as diferentes fases do ciclo vital da mulher. Desse modo, além dos processos biológicos, a análise da interconexão do corpo, mente, emoções e ambiente, mostram-se muito importantes.
A partir disso, ressalta-se que a síndrome genitourinária é uma condição que afeta várias pessoas em diversas fases de sua vida, “síndrome genitourinária” é na realidade um termo introduzido pela North American Menopause Society (NAMS) no ano de 2014 com o objetivo de englobar todos os possíveis sintomas urogenitais oriundos do hipoestrogenismo. Muitas dessas pessoas levam uma vida extremamente difícil, pois têm vergonha de relatar as suas queixas, trazendo assim impactos negativos em seu cotidiano.
Assim, torna-se de fundamental importância que se promova a abordagem e assistência humanizada, a fim de que tais pessoas consigam desenvolver uma boa qualidade de vida. No que se refere aos profissionais, cabem os mesmos encontrarem as melhores estratégias para se conectarem com a realidade de seu paciente, no intuito de entender suas preocupações e angústias. Assim, a fim de proporcionar um atendimento de qualidade, recomenda-se utilizar a medicina centrada na pessoa, englobando as quatro dimensões humanas: sentimentos, ideias, funcionamento e expectativas.
Considerando que o foco da aula se baseou na abordagem humanizada, especificamente em queixas genitourinárias, vale lembrar que essa abordagem não se restringe apenas a essas queixas, hoje é usado também no parto e na medicina de família e comunidade. Durante a aula, foi explicitado que a meta do atendimento humanizado se volta ao acolhimento, e na conscientização dos direitos que os pacientes devem conhecer. Um exemplo disso seria o direito ao acompanhante, à autonomia e ao atendimento digno. Aponta-se que humanizar o atendimento, inclui a busca pela melhor compreensão acerca das fases de vida da mulher, pois as alterações que ocorrem na menacme diferem das que ocorrem no climatério. Assim, é importante que todos saibam que a saúde sexual está intimamente relacionada com a qualidade de vida, por isso deve-se criar um ambiente favorável e humanizado para que determinadas queixas não interfiram no bem estar geral do paciente.
João Victor Petrus Godoy¹; Maria Luísa Gobbi Longhi²; Lívia Macedo de Oliveira Lima Souza³ e Priscilla Eid⁴
¹ Graduando em Medicina pela Universidade Positivo (UP)
² Graduanda em Medicina pela Universidade Positivo (UP)
³Graduanda em Psicologia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
⁴ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Paulista (UNIP)
Por Sérgio Aragaki
Uma comunicação que efetiva o princípio da transversalidade, proposta pela Política de Humanização do SUS, uma vez que amplia o grau de diálogo; inclui as pessoas usuárias do serviço de saúde, ouvindo-as, acolhendo suas dúvidas, suas queixas e suas contribuições na feitura dos diagnósticos e propostas de cuidado; altera as relações de saber e poder vigentes, tornando-as mais lateralizadas e menos verticalizadas. Excelente saber que profissionais estão sendo formades dentro dessa proposta. Parabéns!