Estudantes médicos capacitam profissionais do “CRAS” em “RCP”, no interior de SP, sob supervisão.
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como uma cessação súbita das atividades do coração, da circulação e da respiração, que é confirmada pela ausência de pulso detectável associada à falta de respiração. Para reverter esta situação foi desenvolvido o método de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), definido como o conjunto de manobras realizadas após uma Parada Cárdio Respiratória (PCR), objetivando manutenção artificial do fluxo arterial para o cérebro e para outros órgãos vitais, até que aconteça a restituição da circulação espontânea, com funcionamento de acordo com seu padrão de normalidade.
Os acadêmicos da Graduação em Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), no Campus de Presidente Prudente (FAMEPP), são inseridos, como membros das equipes interprofissionais, em oito Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, graças a uma parceria firmada entre Academia e Serviço (UNOESTE/ Secretarias Municipais de Saúde) naquelas localidades.
Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem, como a Problematização, para estimular a criação de Planos de Ação, a partir da análise da Epidemiologia em Saúde, nos territórios adscritos às ESFs ligadas ao PAPP.
Estudantes médicos, participando de uma reunião de equipe interprofissional, com foco na “Educação Permanente”, na ESF, divulgaram para os Trabalhadores da Saúde que a Parada Cardiorrespiratória (PCR) é a principal causa de morte no mundo. Os acadêmicos constataram que existe uma falta de capacitação adequada da população para agir de forma eficaz diante dessa situação. Além disso, em relação aos profissionais de saúde, embora a maioria tenha sido capacitada pelo menos uma vez durante sua formação, estudos indicam que, com o decorrer do tempo, ocorre um declínio do conhecimento.
Dessa maneira, estimulados pelos Facilitadores, os futuros médicos resolveram organizar uma “Roda de Conversa”, com os trabalhadores do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), localizado no território de saúde da ESF, com a finalidade de aumentar as chances de sobrevivência das vítimas de paradas cárdio-respiratórias na área adscrita à ESF.
Após a realização da Roda de Conversa, com trabalhadores do CRAS, sobre RCP, a Facilitadora utilizou o Arco de Maguerez para estimular “reflexão na ação”. Estudantes consideraram que a American Heart Association (AHA) recomenda que os socorristas apliquem, no mínimo, 100 a 120 compressões torácicas por minuto, após detectarem a PCR. A Facilitadora complementou que os profissionais de saúde, geralmente serão os primeiros profissionais a reconhecerem a PCR. Dessa maneira, eles devem estar aptos para iniciar a RCP (Ressuscitação Cárdio Pulmonar) sem demora, e com qualidade, afim de evitar a ocorrência de sequelas. Na ausência dos profissionais de saúde, outros cidadãos, após capacitação, podem e devem realizar as manobras de RCP, até a chegada de ajuda especializada.
Os estudantes utilizaram os princípios da Política Nacional de Humanização (PNH), denominados “Protagonismo do Usuário SUS” e “Transversalização das Ações de Humanização” para alicerçar a “Criação de Ambientes Saudáveis” no território da ESF.
Os participantes consideraram como positiva a “Ação de Promoção à Saúde” realizada na área adscrita à Unidade de Saúde.
Referências:
Disponível em:
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL
ENFERMEIRO
Acesso em 21 11 2021, às 15h 12min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns pela postagem, Professora Neide.
A aplicação com rapidez, competência e segurança, das medidas de reanimação, pela equipe que primeiro atende ao usuário do SUS, é um fator positivo para o sucesso terapêutico e conseqüente sobrevida da vítima de Parada Cárdio Respiratória.
É muito importante ensinar ações intersetoriais entre Saúde e Serviço Social para os futuros médicos.
Congratulações!