Acadêmicos Médicos realizam Ação relacionado à Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas
Entre os anos de 2010 e 2019, pudemos observar um aumento de 22% no número de pessoas que usam drogas. Esse acréscimo ocorreu, em parte por causa do crescimento da população mundial. A partir da análise da demografia, existem projeções atuais que sugerem aumento de 11% na quantidade de pessoas que irão fszer uso de drogas, globalmente até o ano de 2030. Haverá um aumento de cerca de 40% na África, por causa do rápido crescimento da população jovem naquele continente.
Estima-se que, cerca de 5,5% da população, na faixa etária de 15 a 64 anos já fez uso drogas pelo menos uma vez, no ano de 2020. Aproximadamente 36,3 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 13% do número total dos indivíduos que usam drogas, sofrem de transtornos associados ao seu uso.
Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática, da Faculdade de Medicina, na Universidade do Oeste Paulista (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem, a partir da Epidemiologia em Saúde, que emerge dos Territórios de nove Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, com a finalidade de estimular a produção de Planos de Ação, voltados para as Necessidades de Saúde da população que reside nas áreas adscritas às Unidades de Saúde.
Um dos Planos de Ação, criados pelos estudantes médicos, esteve ligado à Atenção Integral aos usuários de Álcool e outras Drogas.
Estudantes médicos organizaram uma Roda de Conversa com internos do “Esquadrão da Vida”, com foco na “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem”.
Após a realização do Plano de Ação, o Facilitador utilizou o “Arco de Maguerez” para estimular “Reflexão na Ação”. Estudantes consideraram que o impacto da COVID-19 nos desafios da prevenção ao uso de álcool e drogas, ainda não é totalmente conhecido. A pandemia trouxe grandes dificuldades econômicas que podem tornar o cultivo de drogas ilícitas atraente para algumas frágeis comunidades rurais, por exemplo. Acadêmicos também discutiram sobre o impacto social da pandemia, provocando um aumento da desigualdade, da pobreza, além de impactar nas condições de saúde mental, principalmente entre populações que já eram consideradas como vulneráveis. Essas situações, somadas, podem levar mais pessoas a se inclinarem a consumir drogas.
Os estudantes foram estimulados a aplicar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, com os internos do Esquadrão da Vida.
Acadêmicos, nas discussões com o Facilitador, consideraram a importância do Acesso e Acolhimento para os homens participantes, que tem o objetivo de reorganizar as ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os homens precisam considerar os serviços de saúde também como espaços masculinos. Por meio da proposta, é preciso reconhecer os homens como sujeitos, que necessitam de cuidados.
Acadêmicos consideraram a Saúde Sexual e reprodutiva, reconhecendo os homens como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, envolvendo-os nas ações voltadas a esse fim e implementando estratégias para aproximá-los desta temática.
Estudantes consideraram a Paternidade, sensibilizando os homens sobre os benefícios do envolvimento ativo, no cuidado com os filhos. A participação deve ser realizada em todas as fases de gestação e após o nascimento. Essa participação traz saúde e fortalece os vínculos saudáveis entre crianças e sua família.
Acadêmicos abordaram as doenças prevalentes na população masculina. O SUS deve fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças.
Acadêmicos abordaram a Prevenção de Violências e Acidentes, com foco na relação entre a população masculina e as violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando os homens participantes sobre a criação de ambientes saudáveis no território de saúde.
Os participantes consideraram como positivo o Plano de Ação desenvolvido no território da ESF, com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.
Referências:
Nova Política Nacional de Drogas. DECRETO Nº 9.761, DE 11 DE ABRIL DE 2019.
Aprova a Política Nacional sobre Drogas.
Disponível em:
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/obid/nova-politica-nacional-de-drogas/decreto-no-9-761-de-11-de-abril-de-2019
Acesso em 10 05 2022, às 13h 50min.
Relatório Mundial sobre Drogas 2021 avalia que pandemia potencializou riscos de dependência.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2021/06/relatorio-mundial-sobre-drogas-2021-do-unodc_-os-efeitos-da-pandemia-aumentam-os-riscos-das-drogas–enquanto-os-jovens-subestimam-os-perigos-da-maconha-aponta-relatorio.html&ved=2ahUKEwjWuIu7tNX3AhUKuZUCHWbuD9UQFnoECBcQAQ&usg=AOvVaw1FI2NT3t-eVHuhj4urK4eG
A POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO
INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_atencao_alcool_drogas.pdf&ved=2ahUKEwjPgK77sdX3AhXejZUCHc5BD7UQFnoECCIQAQ&usg=AOvVaw3sL_bIx1OgxiEHhcF-8f1Y
Acesso em 10 05 2022, às 13h 57min.