No Hospital Galileu, gestores debatem aperfeiçoamento dos serviços oferecidos aos usuários

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Com o objetivo de aprimorar a gestão participativa também foi destacada a importância de um planejamento universal nos hospitais da rede pública estadual de saúde

 

Com o objetivo de fortalecer as práticas, projetos e ações do Sistema Único de Saúde (SUS), gestores das unidades de saúde do Governo do Pará se reuniram nesta quarta-feira (10) para trocar experiências e reforçar as garantias de direitos dos usuários e profissionais. O Encontro Estadual de Humanização, destinado a aprimorar a gestão participativa, foi realizado no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Região Metropolitana de Belém, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

 

Os participantes também abordaram as ações já realizadas e o que pretendem colocar em prática no segundo semestre

 

Na iniciativa foram abordadas as ações realizadas nas unidades de saúde no primeiro semestre deste ano e iniciado o planejamento para o próximo semestre, por meio de ideias e propostas que nortearão as próximas ações. Também foi destacada a importância de um planejamento universal dentro dos hospitais, unindo as áreas assistenciais e administrativas em prol do paciente, além do estabelecimento de metas voltadas a uma abordagem mais eficiente ao usuário.

De acordo com Guilherme Martins, coordenador de Humanização da Sespa, os principais temas discutidos versam sobre a resolutividade do acolhimento aos usuários. “Assim, temos a garantia de um atendimento humanizado, que se concentra em proporcionar uma experiência mais empática e centrada no usuário e nos trabalhadores da saúde, com a utilização de tecnologias leves, considerando suas necessidades físicas, emocionais e psicológicas. Isso envolve uma comunicação clara e respeitosa, além de criar uma ambiência acolhedora e de apoio para os usuários e seus familiares”, esclareceu.

 

 

Intercâmbio – A troca de experiência é um ganho coletivo para pacientes atendidos pelo SUS. “Quem ganha com esse intercâmbio promovido pelo Governo do Estado é o usuário, o qual é o principal motivo de nos reunirmos aqui. Aprendemos com a experiência uns dos outros, já que trabalhamos com pessoas e perfis assistenciais diferentes. No entanto, a humanização é uma necessidade no contexto comum”, ressaltou Liliam Gomes, diretora Executiva do Hospital Galileu.

Diretriz – Dentro do ambiente hospitalar, oferecer um atendimento humanizado é tão essencial quanto investir em tecnologias, capacitação profissional e sistemas de gestão. O Hospital Galileu, administrado pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa, tem a humanização como diretriz em todos os seus processos, e prioriza o acolhimento do paciente desde a entrada até a alta médica. A unidade, especialista em traumato-ortopedia, atua como retaguarda de outros hospitais da rede pública estadual, e já desenvolveu ações que a tornaram referência em boas práticas de assistência.

“Temos muito orgulho de sediar esse encontro, que visa não apenas mostrar as práticas de humanização que temos em nossa unidade, como também adquirirmos conhecimento do que é feito em outras instituições”, disse Anny Segóvia, coordenadora de Humanização do HPEG.

A gestora ainda destacou os projetos realizados nas unidades. “O Galileu se orgulha de ser pioneiro em projetos que foram implantados em outras unidades. Isso mostra que as boas práticas podem ser disseminadas ao número maior de usuários. E isso nos fortalece como SUS”, completou Anny Segóvia.

 

 

Projetos – Por meio do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), o Hospital desenvolve projetos e ações que permitem o acolhimento, envolvendo atividades lúdicas e divertidas. O Projeto de Artesanato Criativo é um deles, e tem como finalidade oferecer aos usuários o incentivo às técnicas manuais como incremento de renda familiar, além de ser uma terapia no processo de hospitalização.

Outro projeto é “O que importa para você”, promovido pela unidade, um dos principais do serviço de Humanização. A dinâmica ocorre por meio da visita aos leitos das enfermarias para perguntar a cada paciente o que importa para ele. E assim, diante das possibilidades, o pedido é realizado.

Nesse ambiente de interação, o agricultor Sival Ferreira da Cruz Ramos, 61 anos, realizou um desejo durante a estada no HPEG. O morador do município de Barcarena, município da Região Metropolitana de Belém, tocou violão dentro da unidade, uma prática que já fazia na Igreja, mas que precisou parar no período de internação.

O projeto também proporciona a comemoração de aniversários mensais, visitas não programadas em ocasiões especiais e ações religiosas, de musicoterapia e oficinas de artes, como a produção de peças de crochê e pintura, além de ações de estética, como cortes de cabelo e tratamento de pele.

A ouvidoria também, outro tema debatido no encontro, permite aos usuários manter respostas sobre suas necessidades, e aos profissionais garante o retorno do trabalho. No Galileu, a pesquisa de satisfação é realizada diariamente, como um balizador de qualidade dos serviços prestados. São aplicados questionários diários para essa avaliação, e o resultado se mantém em alto índice de aprovação, com a média de 99%.

Texto: Roberta Paraense – Ascom/Hospital Galileu