MASCULINIDADE E SUBJETIVIDADE: UM DEBATE NO JORNAL AUDIOVISUAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM

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MASCULINIDADE E SUBJETIVIDADE: UM DEBATE NO JORNAL
AUDIOVISUAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM
Autora: Raissa Miguel Nazário da Silva
ra***********@gm***.com

 

1. Resumo:

Diante de um cenário pouco capacitado para o entendimento da construção da complexidade e subjetividade que envolvem os indivíduos do sexo masculino no atendimento da saúde, a psicologia da saúde mental foi definida como um trabalho cujas contribuições alcançam atividades educacionais, científicas e profissionais a fim de promoção, prevenção e tratamento de doenças.

O objetivo desse trabalho está em debater a importância das questões que os homens enquanto pacientes enfrentam diante das crenças de superação fácil de riscos como forma de demonstrar masculinidade, que possuem tendências a buscar ajuda apenas em cenários de gravidade maior, onde o olhar profissional deve evitar a lógica punitiva e restritiva através de uma escuta humanizada, e no projeto de construção desse informativo, resolvi dinamizar a pesquisa em uma chamada técnica audiovisual, um jornal nas redes sociais.

A metodologia foi observar como as experiências masculinas de falta de compreensão no cenário social e da saúde podem afetá-los através de sentimentos como solidão e isolamento socioemocional, além de revisar a literatura com um olhar atencioso voltado para como a construção de identidades – ou papéis sociais são configurados de forma que impactam negativamente na saúde; historicamente, o ambiente cultural que o homem é imposto o estimula a descuidar de sua saúde, onde normas e valores sociais são capazes de acarretar sofrimento psíquico e consequentemente o bem-estar pleno.

Estudar a diversidade das experiências humanas instigou a crítica às construções sociais de gênero que aumentam a vulnerabilidade a doenças e lesões, sendo necessária discussão de como o SUS deve considerar as influências socioculturais que moldam as necessidades por meio dos princípios de universalidade e equidade.

A política nacional de atenção integral à saúde do homem orienta a saúde masculina no âmbito público, com o objetivo de aumentar o acesso e assegurar um atendimento humanizado e justo, incentivando a prevenção, o autocuidado e a educação em saúde para lidar com os problemas mais frequentes na população masculina, logo, ao ser integrada ao HumanizaSUS, destaca a relevância de um atendimento acolhedor e participativo, que valoriza também os usuários, profissionais e gestores.

A psicologia vem com o cuidado e com a palavra, conscientizando e reconhecendo como diferentes questões sociais são capazes de levar um significado tão abrangente para a saúde das pessoas através de suas vivências.

Concluímos na construção dessa pesquisa, que debater essa temática com embasamento teórico da psicologia da saúde mental é de grande importância, pois a falta de um olhar amplamente humanizado pode gerar adoecimento psíquico e influenciar na qualidade de vida não somente do paciente masculino, mas também da sociedade, a multidisciplinaridade dos profissionais previne por meio do diálogo, situações psicossociais estressoras que agravam a doença, logo, profissionais capacitados devem aprimorar os métodos de cuidado a fim de ampliar a visibilidade das necessidades masculinas.

2. Palavras-chave: Psicologia; Psicologia da saúde mental; Masculinidade;
Humanização; Saúde do homem, Mostra HumanizaRio.

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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