IMPORTÂNCIA DA CLÍNICA AMPLIADA NA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM ONCOLOGIA

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Renata Rosa Veloso Cataldo, re************@in**.br

Flávia Sant’Anna de Sá Carvalho Bolivar, fl************@in**.br.

Bianca Cristina Antunes Alves Marques, bm******@in**.br

Elaine Menezes da Silva, el************@in**.br

Raquelaine Aparecida Padilha,ra****************@in**.br

Alessandra Grasso Giglio, ag*****@in**.br

 

INTRODUÇÃO: A Clínica Ampliada e Compartilhada (CAC), diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), propõe estratégias teórico-práticas voltadas a um cuidado que ultrapassa o modelo biomédico, considerando o sujeito em sua integralidade (1,2). Na oncologia, essa perspectiva é essencial, pois o tratamento envolve não apenas a doença, mas também os impactos emocionais, sociais e familiares decorrentes do diagnóstico e da terapêutica. Quanto mais prolongado o tratamento, maior a importância da adesão e da corresponsabilidade do paciente em seu Projeto Terapêutico Singular (PTS). Assim, o trabalho interdisciplinar e o compartilhamento de saberes tornam-se instrumentos fundamentais para melhorar a assistência, a comunicação e os processos de trabalho das equipes de saúde (2).

OBJETIVO: Descrever as CAC organizadas pela Comissão de Humanização do Instituto Nacional do Câncer/ Hospital do Câncer II (INCA/HCII).

DESCRIÇÃO DAS ATVIDADES PROPOSTAS: O presente estudo descreve a experiência das CAC realizadas entre fevereiro de 2023 e setembro de 2025 no HCII, uma unidade de referência no tratamento de câncer ginecológico e do tecido ósseo e conectivo. Os encontros, de periodicidade mensal e formato presencial, tinham como objetivo discutir casos clínicos complexos apresentados por diferentes categorias profissionais. Cada sessão trazia um caso real, preferencialmente de pacientes em tratamento ativo, permitindo uma deliberação conjunta sobre condutas, com escuta ativa e participação multiprofissional. As reuniões eram restritas aos profissionais da unidade e tinham caráter educativo, reflexivo e integrador.

RESULTADOS: Durante o período analisado, foram realizadas 29 Clínicas Ampliadas, com média de 25 participantes por sessão. As discussões foram conduzidas por diversas categorias: 12 pela equipe médica (oncologia, cirurgia, anestesiologia, emergência, terapia intensiva, entre outras), 8 pela enfermagem, 1 pela psicologia, 2 pela fisioterapia, 2 pela nutrição, 2 pelo serviço social, 1 pela farmácia e 1 pela radiologia.

CONCLUSÃO: Constatou-se que as Clínicas Ampliadas fortaleceram o trabalho interdisciplinar, ampliaram a capacidade de decisão clínica compartilhada e favoreceram uma comunicação mais efetiva entre as equipes. Essa prática contribuiu para o desenvolvimento de planos terapêuticos integrados e centrados na pessoa, promovendo um cuidado mais humanizado, que articula dimensões biológicas, psicológicas e sociais no contexto do tratamento oncológico.

Palavras-chave: Clinica Ampliada e Compartilhada; Política Nacional de Humanização; Humanização; Oncologia, Mostra HumanizaRIO.

Referências Bibliográficas

1)BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização: folheto explicativo. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf. Acesso em: 24 set. 2025.

2)BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde; Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. Série B. Textos Básicos de Saúde. ISBN 978‑85‑334‑1582‑9. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf. Acesso em: 07 out. 2025.