GESTÃO, PILOTAGEM  E EDUCAÇÃO PERMANENTE:VALORIZAÇÃO DO SABER HOSPITALAR COMO PRÁTICA DE HUMANIZAÇÃO

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GESTÃO E PILOTAGEM DE UM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE:
VALORIZAÇÃO DO SABER HOSPITALAR COMO PRÁTICA DE HUMANIZAÇÃO

Adriana de Freitas Rangel, Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), Presidente da Comissão de Humamização em Saúde (CHS/HFSE); idealizadora e coordenadora do Laboratório de Educação Permanente em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (LEPPICS) HFSE, E-mail: en********@gm***.com

Patrícia Quintans Cundines Pacheco, UNIRIO, E-mail pa**************@un****.br

Carla Cristina Mendes Alferes, FCRB, E-mail: ca**********@id.br

Monique Rosa Alves, Serviço de Educação Permanente/HFSE, E-mail ba*******@gm***.com

INTRODUÇÃO: O Serviço de Educação Permanente de um Hospital Federal do Rio de Janeiro foi remodelado deixando de ser Educação Continuada para a equipe de enfermagem passando a compor uma equipe multiprofissional de Ensino e Pesquisa para todas as áreas. Fortalecido em 2018, o Serviço com missão de promover Educação Permanente em Saúde a partir da problematização dos serviços e suas conexões entre os trabalhadores e suas necessidades de capacitação, realizando a gestão das ações educativas, reconhecendo a potência e saber dos profissionais locais como protagonistas e corresponsáveis pelos processos de ensino-aprendizagem numa perspectiva crítica e transformadora.

OBJETIVO: Relatar a experiência da gestão e pilotagem de um serviço de Educação Permanente como relevante ferramenta para a humanização.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com recorte temporal de 2020 a 2023.

RELATO: O Serviço, ancorado pela Política Nacional de Educação Permanente (2004) e a Portaria 278 (2014) facilita o desenvolvimento de soluções reais para problemas existentes: é planejado, executado e controlado envolvendo a liderança/chefia e outros trabalhadores locais, mapeando profissionais que podem facilitar o aprendizado, favorecendo a interdisciplinaridade. Não só fazendo convite  a profissionais externos. O processo de valorização local e inclusão dos sujeitos favorecem a autonomia e corresponsabilização e suas múltiplas dimensões humanas no processo de ensino-aprendizagem. O novo fazer em Educação Permanente favoreceu indicadores, não só elevando o número de participações como o volume e perfil de capacitações oferecidas. Progressão de participações: 4.355 (2020); 5.1884 (2021); 6.629 (2022); 9.055 (2023). Capacitações regulares tornam o ambiente de aprendizagem como um local a pertencer favorecendo a humanização do ambiente laboral.

CONCLUSÃO: A restruturação do serviço apoiada nas Políticas Públicas de Saúde e na oficialização institucional dos fluxos dos processos de trabalho em educação permanente, mostraram-se oportunidades de melhorias somadas às parcerias e convênios com instituições de ensino. Contudo, ainda há o desafio da mudança da cultura educacional institucional conformada na repetição das práticas. Mas que ainda pode ser superada com a continuidade de ações educativas significativas para as pessoas, por meio de metodologias ativas e críticas para o aumento na qualidade, para a prática de saúde integralizada e cuidado humanizado.

PALAVRAS-CHAVE: Humanização; Educação Permanente; Políticas Públicas de Saúde; Gestão; Mostra HumanizaRio.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 278, de 27 de fevereiro de 2014. Institui diretrizes para implementação da Política de Educação Permanente em Saúde, no âmbito do Ministério da Saúde (MS), 2014.