Para OMS, Brasil é exemplo na atenção básica à saúde
Para OMS, Brasil é exemplo na atenção básica à
saúde
Entidade lista desigualdades e falhas dos tratamentos em todos
os países
A Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou, ontem, em seu relatório de 2008 as desigualdades e ineficiências do sistema de saúde em todo mundo, e recomendou que os países retornem o mais rápido possível aos princípios de base da saúde primária. O Brasil foi destacado como exemplo dessas iniciativas com o seu Programa Saúde da Família e os observatórios de Recursos Humanos em Saúde.
“As respostas do setor da saúde à evolução do mundo foram inadequadas e ingênuas, incapazes de antecipar os problemas e encontrar soluções globais”, resumiu o relatório.
A OMS adverte que as deficiências deixaram o estado de saúde de diferentes populações fora de equilíbrio, e apela para ações para reforçar os cuidados primários e combater a injustiça.
Para implementar as reformas, a OMS faz quatro recomendações e destaca o sucesso das iniciativas adotadas no Brasil.
Universal – Em primeiro lugar, o documento sugere que os países adotem o acesso universal à saúde, como o Brasil, já que demonstraram bons resultados aqui.
“O Brasil, que começou a adotar o sistema de acesso universal em 1988, já oferece o acesso a 70% da população”, diz o documento.
Além disso, o relatório aconselha que o sistema de saúde tenha a população como foco e afirma que “sistemas de saúde podem ser reorientados para atender melhor às necessidades das pessoas
através de pontos estabelecidos na comunidade”.
Novamente, o documento citao sucesso do programa brasileiro Saúde da Família, adotado em 1994 como um dos planos propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica.
O editor responsável pelo relatório neste ano, Win Van Lerberghe,
afirmou que o programa é um dos exemplos mais impressionantes
do impacto da adoção dos cuidados básicos e de como esses cuidados devem ser implementados para que proporcionem melhoria na qualidade da saúde e traga resultados.
– O programa brasileiro demonstra o modo como o sistema deve
caminhar – afirmou.
Fonte: Jornal do Brasil (15/10/2008)