Humanização no Hospital de Base – DF começa a mudar atendimento
O Jornal de Brasília publicou notícia sobre a implantação da humanização no hospital de Base do Distrito Federal, a partir de palestra de Gastão Wagner. A informação foi publicada no dia 20 de janeiro, e você pode ler abaixo, na íntegra.
Humanização no Hospital de Base DF começa a mudar atendimento
Mara Puljiz
A saúde pública do Distrito Federal deverá melhorar. Pelo menos no que diz respeito ao tratamento dos pacientes. O governo local, em parceria com o Ministério da Saúde, começa a colocar em prática a Política Nacional de Humanização ( PNH) para amenizar a precariedade do serviço.
Elaborada em 2006 com a finalidade de humanizar o atendimento do Sistema Único de Saúde ( SUS) , essa política tem como princípio dar um choque de gestão em todos os hospitais públicos da capital federal. No DF, o primeiro a sofrer os impactos disso será o Hospital de Base. Segundo o secretário de Saúde, Augusto Carvalho, a aglomeração de pessoas logo na entrada do pronto-socorro deverá deixar de existir a partir de uma organização no setor. Os pacientes que chegarem serão classificados mediante o risco e ficarão alojados em alas separadas por cores. Elas indicarão a gravidade de cada paciente.
Na ala de cor vermelha serão levados aqueles pacientes graves, com risco de morte em função de um acidente, infarto, diabete ou dor muito intensa. “Esses deverão ser atendidos imediatamente”, explicou consultor da PNH, Gastão Wagner Campos. Na ala verde deverão ir os pacientes intermediários, ou seja, com crise de pressão alta e cólica renal, por exemplo. Em uma ala denominada como amarela deverão ficar os pacientes ambulatoriais, cujo atendimento não requer urgência.
Esses serão atendidos na fila por ordem de chegada. Segundo o diretor do Hospital de Base, Carlos Schimin, universitários do primeiro ao quarto semestre de faculdades conveniadas com a Secretaria de Saúde devem ajudar na organização e recepção do pessoal. “Isso não significa atender de uma maneira educada apenas, mas proporcionar um ambiente agradável ao paciente”, disse ele, durante a palestra de abertura oficial da PNH, na manhã de ontem, no auditório do HB DF.O evento reuniu todos os gestores dos hospitais públicos.
O novo modelo de gestão hospitalar não tem previsão para ser implantado definitivamente, mas desde o mês passado o hospital tem ampliado o horário de visita aos pacientes. Antes era de só uma hora e agora elas podem ser feitas entre 11h e 17h. A Secretaria de Saúde pretende fazer reuniões quinzenais com os profissionais da rede para obter sugestões sobre o projeto de humanização. Pelo menos 50 novos profissionais devem ser contratados nos próximos dias.
Por Vera Figueiredo
Muito bom ver o movimento do Hospital de Base de Brasília para a implementação da Política Nacional de humanização/PNH.
A decisão de fazer mudanças no modo de atender aos cidadãos e realizar a gestão, utilizando como método a inclusaõ de trabalhadores, usuários e gestores para construção de novas práticas, pode demonstrar que isto é possivel em hospitais do porte do Hospital de Base de Brasília.
Tive a aoportunidade, juntamente com as gestoras do Hospital Odilon Behrens de Belo Horizonte, de receber em visita técnica organizada pela PNH, o Diretor Geral e uma assessora do Bospital de Base. Já no final de 2008 expressavam o desejo de realizar estas mudanças e o tamanho do desafio que queriam enfrentar para democratizar a gestão, garantir acesso e qualificara a atenção aos seus usuários.
Fico daqui na torcida para que a discussão sobre os processos de trabalho de suas unidades e a participação ativa de todos aconteça, fazendo com que o Hospital de Base de Brasília venha se constituir uma grande referência de implementação da PNH para o Brasil.