1ª CARTILHA – RELATO DA CARTILHA SOBRE GRUPO DE TRABALHO DE HUMANIZAÇÃO
Tarefa do 4º Módulo do Curso de Apoiadores.
1ª CARTILHA – RELATO DA CARTILHA SOBRE GRUPO DE TRABALHO DE HUMANIZAÇÃO
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Temático da política Nacional de Humanização. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
O Ministério da Saúde implanta a Política Nacional de Humanização – PNH (HumanizaSUS), uma política que perpassa as mais diversas ações e instâncias do SUS, operacionalizando na transversalidade, a PNH usa ferramentas e dispositivos visando consolidar redes, fortalecer vínculos e co-responsabilidade entre usuários, trabalhadores e gestores.
Humanização entendida como valorização dos diferentes sujeitos no processo de produção da saúde, cujos valores norteadores são autonomia, protagonismo, co-responsabilidade, vínculos solidários e participação coletiva do SUS que dá certo.
O Grupo de Trabalho de Humanização – GTH objetiva intervir para melhorar os processos de trabalho e a qualidade da produção da saúde formado por pessoas que discutem os serviços ofertados, as dinâmicas do serviço e as relações estabelecidas entre usuários e trabalhadores, buscando promover ações humanizadoras.
Assim o GTH é um espaço para reflexão coletiva sobre o nosso trabalho, onde “todas” as pessoas que trabalham naquele local e serviço podem e devem participar para sugerir mudanças no funcionamento dos serviços e na forma de gerir. Momentos como esses, aproximam e fortalecem os vínculos, compartilham as tensões, os problemas e dificuldades buscando potencializar propostas inovadoras. Trabalhando em grupo é impossível não haver mudanças, pois o grupo propicia encontro de diversidades subjetivas, uma vez que as visões diferentes ampliam a percepção das dimensões implicadas. É como diz Frei Beto, um ponto de vista é a vista em um único ponto, assim, cada vez que várias pessoas falam do seu ponto de vista, os pontos de vistas são ditos, falados, refletidos e vários pontos de vista são desvendados.
O GTH propicia também “rodizio” das funções, alternando as coordenações dos trabalhos e alguns temas podem ser bastante interessantes discutir na roda, conforme as sugestões dada pela cartilha. Essas questões fazem com que o grupo faça uma reflexão, assim temos que penar sobre:
1. Como melhorar a prestação de serviço?
2. Como trabalhar em equipe aqui? Existe equipe?
3. Como são as relações de trabalho entre os colegas? Entre os chefes, os coordenadores, diretores, etc.?
4. Qual o pior lugar para se trabalhar? E para ser atendido? O que torna esses espaços e locais tão difíceis de serem mudadas?
5. Qual o melhor lugar? O que o faz a diferença?
6. Como se dá a relação entre os profissionais e os familiares dos pacientes atendidos?
7. Qual é o nível de valorização das “falas” e contribuições dos usuários e dos trabalhadores da saúde (queixas, sugestões, etc.)?
8. Que projetos coletivos já existiram e foram benéficos, mas pararam, e quais estão sendo desenvolvidos e precisam ser fortalecidos?
9. Como articular projetos intersetoriais interessantes para os objetivos da instituição?
10. Que parcerias seriam necessárias para melhorar a resolução dos problemas?
11. Qual o nível de participação dos trabalhadores nas decisões do serviço?
12. Que implicações existem na organização do serviço com a comunidade do território onde está inserido?
13. Como e por quem são tomadas as decisões e quem define as regras e normas de cada setor?
14. Quais são as normas “sem sentido” que continuamos acatando?
O GTH define a periodicidade das reuniões, organiza as prioridades para o debate, propõe projetos e ações para atingir as meta, visto que o espaço propicia a fazer pensar e a fazer propostas quem em última instância, se torna um espaço vivo de ação ou “vivação”.