Os “Nós” da Rede Humaniza Sus
Como forma de desatar os nós a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no SUS propõe a formação de uma rede onde cada nó colabora com a interconexão de saberes e práticas que possam possibilitar novas práticas na gestão do trabalho em saúde.Através da formação de redes o Humaniza Sus propõe principalmente a ampliação da concepção de saúde, que deixa de ser reduzida à ausência de doença e onde o processo saúde doença passa a ser compreendido como produto e produtor da uma complexa rede.
Um sistema de saúde universal, integral, unificado e articulado em redes regionalizadas e descentralizadas capazes de gerar novas práticas e ações, levando em conta não a hierarquia mas principalmente as necessidades do local onde aquele nó aperta, como forma de gerar processos de atenção e gestão mais eficientes e eficazes, que construam a integralidade da atenção.
A ampliação da comunicação entre as redes como forma de dar atenção aos indivíduos humanos envolvidos no processo de promoção à saúde e a garantia do respeito às diferenças e diversidades, como forma de criar um diálogo compreensivo entre quem acolhe e quem deve ser acolhido, caracterizam um processo que permite troca de conhecimentos e experiências capazes de causar transformações com a realização de práticas simples porém de extrema importância para quem participa.
Em Natal uma Unidade de Saúde de Panatis na zona norte da cidade, convida os usuários na sala de espera para compartilharem através da doação de um objeto, sua estória pessoal, um enorme relicário de particularidades na Unidade de Saúde que atende pelo nome de Tenda do Conto; no Hospital dos Pescadores,na zona leste da cidade uma equipe formada pela nutricionista da Unidade com o auxílio dos técnicos e cozinheiros realiza, também na sala de espera, o preparo de uma dieta balanceada específica para pacientes com doenças renais, trabalho selecionado para ser apresentado numa Mostra Internacional de Nutrição que acontece em São Paulo; dentre tantas outra experiências das quais posso citar a Trupe da Saúde e o Teatro do Oprimido da ESF Parque dos Coqueiros, o Pastoril da ESF Potengi, a Ciranda de Rodas do Grupo Raios do Sol da ESF Parque dos Coqueiros, o Carimbó da ESF Santarém, o DanSaúde da ESF Parque dos Coqueiros, a Tapera da Falação da ESF Potengi e o Thai Chi Chuan da ESF Panatis.
Numa atividade alusiva ao Dia da Luta Antimanicomial vi pacientes dos Caps recitarem poesias e expressaram sua arte de maneira integrativa num "resgate à Vida", realizado em praça pública, proposto pela coordenadora de Saúde Mental, Silvana Barros; além disso, conheci o projeto de musicoterapia Do Re Médio formado por ex integrantes do Caps que atualmente levam a música para os hospitais públicos como forma de diminuir o sofrimento de pessoas que estão internadas, conheci também a obra de um paciente tímido do Caps que me confessou ter feito a obra "nas pressas" mas orgulhoso de si mesmo pela sua criação. O integrante do Projeto Do Ré Música, em abstinência de qualquer droga há exatamente 12 anos, esteve ali e me mostrou que o Centro de Atenção Psicossocial funciona e que aquela era uma dentre tantas estórias num Sistema Único de Saúde que sim, dá certo na sua missão de humanizar.
Por fabiobhalves
Andrea.
Você faz alusão à comunicação e processo do trabalho em saúde garantindo articulação em rede.
Mas algo me deixou curioso quando você comenta “(…) realização de práticas simples (…)”.
O que exatamente você denomina de práticas simples? -Quais são estas? O que seria, ao contrário, as práticas complexas?
Faça alguma abordagem sobre isto? Saudações de Fábio BH Alves e até a VITÓRIA!!! (Coordenador da PNH)