Quais os limites éticos da saúde na TV?
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O programa da Tv Brasil "Ver TV" debateu na última sexta-feira os limites éticos e a abordagem crítica dos programas de saúde na televisão brasileira.
Três especialistas no tema argumentaram os prós e contras da abordagem atual da TV brasileira em relação à saúde.
- Lavinio Camarim é integrante da comissão de divulgação de assuntos médicos do Conselho Federal de Medicina. “A mídia como um todo, principalmente a televisão, quando ela se propõe a fazer um trabalho interessante, um trabalho realmente com projeto, isso é muito importante, e pode utilizar-se sim da imagem do médico, do jornalista, de uma equipe multiprofissional para orientar o paciente. Então eu não tenho dúvida que casar essas coisas seria muito importante”;
- Pablo Sturmer é médico de família e comunidade. Consultor do projeto Telessaúde do Rio Grande do Sul e consultor de conteúdos do programa Ser Saudável, exibido pela TV Brasil. “Um grande desafio é a transição populacional para o individual. No momento em que a gente faz um programa, a gente fala dos sintomas mais frequentes, das principais causas. Mas quando a gente está no consultório com uma pessoa, com aqueles sintomas, com aquela sua história, a gente tem que levar muito para o contexto que ela nos traz. E muitas vezes o que ela vê na TV, não corresponde à verdade dela”;
- Arquimedes Pessoni, jornalista e pós doutorando em Educação na Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC. É também professor de comunicação na Universidade Municipal de São Caetano do Sul. “Eu acho que algumas novelas fazem muito bem o marketing do bem, que a gente fala do merchandising social. Dentro de uma novela, tratar de questões ligadas à saúde, do ponto de vista educativo, eu acho que faz uma diferença enorme, porque aquele cidadão que está lá no fim do Brasil e que só tem a televisão como forma de se educar, ao assistir um entretenimento ele acaba sendo educado”.
Pessoni citou a importância do Observatório Saúde na Mídia, do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (Fiocruz). [A propósito, onde trabalho atualmente, :)]
A reprise do programa vai ao ar nesta quarta-feira às 0h30 ( e em breve estará disponível o vídeo completo neste link https://tvbrasil.ebc.com.br/vertv/episodio/a-saude-na-tv , onde já se pode visualizar quatro depoimentos específicos para a web, sobre o tema.
Por paulo figueiredo
Temos na TV brasileira bons programas sobre saúde, como o canal e o programa citado, com a participação de médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, bioquímicos e de outras áreas. O mesmo não se pode dizer das nossas PROPAGANDAS pela TV e mídia em geral. Relacionam corpos saudáveis e “sarados” com bebidas e cigarros. Esportes radicais com vícios prejudiciais à saúde. E depois de uma exuberante exibição de lindas paisagens e festas será que alguém vai se atentar para o recado ministerial: “O Ministério da Saúde adverte: ……….. é prejudicial à saúde!”
Qual é o limite ético tendo em vista que a mensagem da propaganda é totalmente enganosa? Desculpe ter desviado um pouco do tema.