Assistência Farmacêutica e a integralidade
Falar sobre integralidade das ações e serviços de saúde, também significa falar sobre ações e serviços de Assistência Farmacêutica. Tendo em vista que a maioria das intervenções em saúde envolve o uso de medicamentos e que este uso pode ser determinante para a obtenção de menor ou maior resultado, é imprescindível obter melhoria no acesso, na racionalização dos recursos e no uso de medicamentos, e principalmente enxergar a Assistência Farmacêutica sob ótica integral. Para que isso possa tornar-se possível, a Saúde Pública conta com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica que tem como objetivos principais “garantir o acesso da população a medicamentos essenciais com qualidade e segurança” e ainda “promover seu uso racional”, além de várias outras políticas e normas farmacêuticas.
Porém, mesmo com todos os subsídios prestados por essas normas e políticas, a implementação da Assistência Farmacêutica ainda é reduzida à logística de medicamentos, o que acaba distorcendo o sentido de atenção integral à saúde proposto pelo Sistema Único de Saúde. Para que se tenha uma assistência farmacêutica ideal, faz-se necessário integrá-la ao sistema de saúde, lhe concedendo trabalhadores qualificados, medicamentos seguros, eficazes e efetivos; adquirir quantidades certas de medicamentos em momentos oportunos; armazenar, distribuir e transportar adequadamente; gerenciar estoques; disponibilizar protocolos e diretrizes de tratamento; prescrever racionalmente; monitorar o surgimento de reações adversas, além de tantas outras ações importantes para a integralidade da Assistência Farmacêutica.
Referência Bibliográfica:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções técnicas para sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2.ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 100 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: <https://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/283.pdf>
Por JoaoArmandoDSC
Olá Rianna,
Bem oportuno o seu post sobre a assistência farmacêutica, numa proposta de racionalidade, qualidade e segurança para garantia da integralidade do cuidado. O profissional que observa o impacto do medicamento para além do tratamento de sintomas, promove saúde de qualidade para a população.