Supremo tribunal suspende condenação para Asia Bibi.
Supremo tribunal suspende condenação à morte de Asia Bibi
Finalmente uma luz ao fundo do túnel para Asia Bibi.
Em todo este processo, que já dura há cinco anos, é a primeira vez que se vê alguma luz ao fundo do túnel para a mulher cristã condenada por blasfémia no Paquistão.
22-07-2015 18:32 por Filipe d’Avillez
Líder católico do Paquistão: "Medo dos fundamentalistas" dificulta avanços na lei da blasfémia
Paul Bhatti. "Perseguição aos cristãos tem origem na pobreza e na iliteracia"
“Lei antiblasfémia do Paquistão é medieval, horrível”, diz jornalista
A condenação à morte de Asia Bibi foi temporariamente suspensa, esta quarta-feira, pelo Supremo Tribunal do Paquistão.
Bibi foi condenada à morte por alegadamente ter ofendido Maomé. A mulher e mãe, que tem cerca de 44 anos, nega as acusações e diz que está a ser vítima de uma vingança pessoal levada a cabo por antigas colegas, simplesmente por ser cristã.
Apesar de várias campanhas internacionais e do apoio da Igreja Católica local, que assegura o seu apoio jurídico, a sua sentença tem vindo a ser confirmada.
Esta quarta-feira, contudo, o supremo tribunal decidiu suspender a sentença para permitir a apresentação de mais um recurso. Não se trata por isso de uma anulação da sentença de morte, mas sim da sua suspensão até que o recurso seja decidido.
Contudo, mesmo esta notícia é a primeira vez que se vê alguma luz ao fundo do túnel neste caso. Há informações não confirmadas de que a saúde de Bibi, que se encontra encarcerada há vários anos por causa desta situação, esteja muito frágil.
O caso de Asia Bibi é o mais famoso, mas de forma alguma o único, de processos de blasfémia. Há muitas pessoas na mesma situação que Asia Bibi, incluindo cristãos e membros de outras minorias religiosas, mas também muçulmanos.
A lei paquistanesa prevê a prisão perpétua para quem profanar o Alcorão e a morte para quem ofender Maomé. Até hoje não houve nenhum caso de execução que tenha sido de facto levado a cabo, mas há vários casos de mortes extrajudiciais de pessoas acusadas de blasfémia e mesmo de pessoas ilibadas em tribunal deste crime, pelo que o perigo de vida para os acusados é real.
Não há qualquer data prevista para a apreciação do recurso que a defesa de Asia Bibi irá agora apresentar.
Finalmente uma luz ao fundo do túnel para Asia Bibi.
Em todo este processo, que já dura há cinco anos, é a primeira vez que se vê alguma luz ao fundo do túnel para a mulher cristã condenada por blasfémia no Paquistão. por Filipe d’Avillez
Imprimir Enviar por E-mail Fonte Aumentar Letra Diminuir Letra
SAIBA MAIS
Líder católico do Paquistão: "Medo dos fundamentalistas" dificulta avanços na lei da blasfémia
Paul Bhatti. "Perseguição aos cristãos tem origem na pobreza e na iliteracia"
“Lei antiblasfémia do Paquistão é medieval, horrível”, diz jornalista
A condenação à morte de Asia Bibi foi temporariamente suspensa, esta quarta-feira, pelo Supremo Tribunal do Paquistão.
Bibi foi condenada à morte por alegadamente ter ofendido Maomé. A mulher e mãe, que tem cerca de 44 anos, nega as acusações e diz que está a ser vítima de uma vingança pessoal levada a cabo por antigas colegas, simplesmente por ser cristã.
Apesar de várias campanhas internacionais e do apoio da Igreja Católica local, que assegura o seu apoio jurídico, a sua sentença tem vindo a ser confirmada.
Esta quarta-feira, contudo, o supremo tribunal decidiu suspender a sentença para permitir a apresentação de mais um recurso. Não se trata por isso de uma anulação da sentença de morte, mas sim da sua suspensão até que o recurso seja decidido.
Contudo, mesmo esta notícia é a primeira vez que se vê alguma luz ao fundo do túnel neste caso. Há informações não confirmadas de que a saúde de Bibi, que se encontra encarcerada há vários anos por causa desta situação, esteja muito frágil.
O caso de Asia Bibi é o mais famoso, mas de forma alguma o único, de processos de blasfémia. Há muitas pessoas na mesma situação que Asia Bibi, incluindo cristãos e membros de outras minorias religiosas, mas também muçulmanos.
A lei paquistanesa prevê a prisão perpétua para quem profanar o Alcorão e a morte para quem ofender Maomé. Até hoje não houve nenhum caso de execução que tenha sido de facto levado a cabo, mas há vários casos de mortes extrajudiciais de pessoas acusadas de blasfémia e mesmo de pessoas ilibadas em tribunal deste crime, pelo que o perigo de vida para os acusados é real.
Não há qualquer data prevista para a apreciação do recurso que a defesa de Asia Bibi irá agora apresentar.